A serra! Mãe geradora do vale.
De suas entranhas, mana a vida.
O flóreo revestimento, que a imprevidência,
a desídia e a ignorância dilaceram,
entremostra as manchas de arenito, sangrando ao sol.
Os cortes quase horizontais apontam rumos
e guiam as almas para encontros sem calendário.
O teor da clorofila, nas roças dos sopés,
assume todos os matizes.
Destaca-se um casarão de múltiplas janelas, numa insólita alvinitência.
Contêm-se as águas nas piscinas azuis.
A geometria monotoniza-se na linha da planura.
A serra, nestes sítios, não tem a inquietude das ascensões fascinantes,
mas a providente disposição de um receptáculo.
Em seu largo e fundo seio, dormem as águas do céu.
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