Todo bar
abriga oculta natureza :
um jardim de dentro:
som de alguma história
desfolhada.
Somos o que não vemos.
E no mais profundo do corpo,
na mais alta vertigem:
volvemos.
Uma geografia
tão pequena
para sufocar o mundo ...
E contamos voltas,
e sempre em torno um ar de tango,
mesmo quando outro som
desmente
as letras da toalha.
Pois todo bar
guarda um suplício:
o retorno
evoca labirintos
e o silêncio engordurado
nos enreda
como moscas
na cerveja.
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