Eu prefiro a dor de uma saudade
A ter de lhe perdoar sem razão
Você roubou meu sossego
Zombou da minha aflição
Agora é tarde demais
Seu erro não tem perdão.
(Seu erro não tem perdão - Lauro Maia e Humberto Teixeira)
LAURO MAIA
Por Zé Nilton
A Lauro Maia Teles, cearense de Fortaleza, (06/11/1912 - 05/01/1950) cabe o mais justo elogio e reconhecimento a um compositor de rara nobreza e de uma visão aberta sobre a música e o fazer musical. Regionalista dos mais apegados compunha verdadeiras obras primas de valor universal.
Possuía algo mais no ofício de compositor, pois era um pesquisador em tempo integral, e com o mesmo entusiasmo anotava os modos de ser e de fazer musicais tanto do meio urbano quanto do rural.
Como tantos, aprendeu música em casa, no seio da família. Consta que sua mãe, pianista e professora de teoria musical, obrigou-lhe severamente a aprender o clássico instrumento. Como tantos, sofreu/gozou seu rito de passagem na arte musical no rádio, no seu caso, na famosa Ceará Rádio Clube – PRE-9.
Em suas andanças como pesquisador adentrou o Cariri, e daqui colheu a musicalidade do tempo, e criou em cima do que muito ouviu ritmos como o balanceado, a ligeira e o miudinho. Descobriu e estimulou muitos músicos principalmente de Jardim, no caso o virtuoso Zé Menezes, que o acompanhou em suas primeiras composições, como a clássica “Saudades do Cariri”, gravada ao vivo na PRE-9. Não ficou por aí. Compôs uma música chamada “Catolé”, que segundo Nirez teria sido criada sobre motivos populares da região do Cariri.
Influenciou muitos compositores e cantores na era da renovação da música popular brasileira. João Gilberto chegou a gravar uma de suas mais belas composições, “Trem de Ferro”, no seu terceiro LP, gravado em 1961.
Excelente músico e arranjador não se esmerou na arte da escrita musical. Contudo, teve uma sorte danada, pois o imponderável colocou no seu caminho de grande artista, quando chega ao Rio de Janeiro, na década de 1940, o poeta do Sertão, o criativo Humberto Teixeira, seu cunhado. Foi ele quem burilou e arrumou melhor as letras de Lauro, e daí surgiu uma grande parceria.
Lauro Maia, no entanto, interrompe a parceria. Movido mais por sua humildade, declina de um pedido de parceria vindo de Luiz Gonzaga. E para o bem da música encaminha Luiz Gonzaga para Humberto Teixeira. O resultado todos conhecemos...
Bom, vamos deixar os caros amigos da resistência musical saber mais sobre Lauro Maia através do eminente e sério pesquisador cearense, o nosso amigo Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez, no seu livro “ O Balanceio de Lauro Maia. Secretaria da Cultura , Turismo e Desporto do Ceará, 107 páginas, 19 ilustrações, 1991.
Nesta quinta, de 14 às 15, na Rádio Educadora do Cariri, em Crato, vamos falar e tocar algumas músicas de Lauro Maia no programa Compositores do Brasil.
Na sequencia:
POEMA MORTAL, de Lauro Maia e Humberto Teixeira, com Orlando Silva
SAMBA DA ROÇA, de Lauro Maia e Humberto Teixeira com David Duarte
EU VI UM LEÃO, de Lauro Maia com Quatro Ases e um Coringa
FAN RAN FUN FAN, de Lauro Maia com Fagner
TABOLEIRO D´AREIA, de Lauro Maia com Os Vocalistas Tropicais
TREM DE FERRO, de Lauro Maia com João Gilberto
EU VOU ATÉ DE MANHÃ, marcha do balanceio, de Lauro Maia com Joel e Gaúcho
É MUITO TARDE, de Lauro Maia com Lúcio Ricardo
O TREM Ô, LÁ, LÁ, de Lauro Maia e Humberto Teixeira, com Carmélia Alves
DEUS ME PERDOE, de Lauro Maia e Humberto Teixeira com Ciro Monteiro
SAUDADES DO CARIRI, instrumental de Lauro Maia com acompanhamento de músicos da PRE-9 e Zé Menezes.
Quem ouvir verá!
Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri
www.radioeducadoradocariri.com
Acesse: www.blogdocrato.com
Quintas-feiras, de 14 às 15 horas
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
A ter de lhe perdoar sem razão
Você roubou meu sossego
Zombou da minha aflição
Agora é tarde demais
Seu erro não tem perdão.
(Seu erro não tem perdão - Lauro Maia e Humberto Teixeira)
LAURO MAIA
Por Zé Nilton
A Lauro Maia Teles, cearense de Fortaleza, (06/11/1912 - 05/01/1950) cabe o mais justo elogio e reconhecimento a um compositor de rara nobreza e de uma visão aberta sobre a música e o fazer musical. Regionalista dos mais apegados compunha verdadeiras obras primas de valor universal.
Possuía algo mais no ofício de compositor, pois era um pesquisador em tempo integral, e com o mesmo entusiasmo anotava os modos de ser e de fazer musicais tanto do meio urbano quanto do rural.
Como tantos, aprendeu música em casa, no seio da família. Consta que sua mãe, pianista e professora de teoria musical, obrigou-lhe severamente a aprender o clássico instrumento. Como tantos, sofreu/gozou seu rito de passagem na arte musical no rádio, no seu caso, na famosa Ceará Rádio Clube – PRE-9.
Em suas andanças como pesquisador adentrou o Cariri, e daqui colheu a musicalidade do tempo, e criou em cima do que muito ouviu ritmos como o balanceado, a ligeira e o miudinho. Descobriu e estimulou muitos músicos principalmente de Jardim, no caso o virtuoso Zé Menezes, que o acompanhou em suas primeiras composições, como a clássica “Saudades do Cariri”, gravada ao vivo na PRE-9. Não ficou por aí. Compôs uma música chamada “Catolé”, que segundo Nirez teria sido criada sobre motivos populares da região do Cariri.
Influenciou muitos compositores e cantores na era da renovação da música popular brasileira. João Gilberto chegou a gravar uma de suas mais belas composições, “Trem de Ferro”, no seu terceiro LP, gravado em 1961.
Excelente músico e arranjador não se esmerou na arte da escrita musical. Contudo, teve uma sorte danada, pois o imponderável colocou no seu caminho de grande artista, quando chega ao Rio de Janeiro, na década de 1940, o poeta do Sertão, o criativo Humberto Teixeira, seu cunhado. Foi ele quem burilou e arrumou melhor as letras de Lauro, e daí surgiu uma grande parceria.
Lauro Maia, no entanto, interrompe a parceria. Movido mais por sua humildade, declina de um pedido de parceria vindo de Luiz Gonzaga. E para o bem da música encaminha Luiz Gonzaga para Humberto Teixeira. O resultado todos conhecemos...
Bom, vamos deixar os caros amigos da resistência musical saber mais sobre Lauro Maia através do eminente e sério pesquisador cearense, o nosso amigo Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez, no seu livro “ O Balanceio de Lauro Maia. Secretaria da Cultura , Turismo e Desporto do Ceará, 107 páginas, 19 ilustrações, 1991.
Nesta quinta, de 14 às 15, na Rádio Educadora do Cariri, em Crato, vamos falar e tocar algumas músicas de Lauro Maia no programa Compositores do Brasil.
Na sequencia:
POEMA MORTAL, de Lauro Maia e Humberto Teixeira, com Orlando Silva
SAMBA DA ROÇA, de Lauro Maia e Humberto Teixeira com David Duarte
EU VI UM LEÃO, de Lauro Maia com Quatro Ases e um Coringa
FAN RAN FUN FAN, de Lauro Maia com Fagner
TABOLEIRO D´AREIA, de Lauro Maia com Os Vocalistas Tropicais
TREM DE FERRO, de Lauro Maia com João Gilberto
EU VOU ATÉ DE MANHÃ, marcha do balanceio, de Lauro Maia com Joel e Gaúcho
É MUITO TARDE, de Lauro Maia com Lúcio Ricardo
O TREM Ô, LÁ, LÁ, de Lauro Maia e Humberto Teixeira, com Carmélia Alves
DEUS ME PERDOE, de Lauro Maia e Humberto Teixeira com Ciro Monteiro
SAUDADES DO CARIRI, instrumental de Lauro Maia com acompanhamento de músicos da PRE-9 e Zé Menezes.
Quem ouvir verá!
Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri
www.radioeducadoradocariri.com
Acesse: www.blogdocrato.com
Quintas-feiras, de 14 às 15 horas
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
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