Todo “cabeça-chata” minimamente informado tem conhecimento que o PSDB do Estado do Ceará é uma espécie de feudo dominado com mão de ferro pelo senhor Tasso Jereissati; em conseqüência, tudo que ali acontece (ou deixa de acontecer) tem que passar pelo crivo do referido senhor, embora ele já não faça parte do seu corpo diretivo (foi seu presidente, em mais de uma oportunidade). Retrato emblemático da assertiva acima foi a escolha do atual candidato a Governador do Estado, pelo PSDB, o insosso e desprovido de votos Marcos Cals, escolha pessoal do senhor Jereissati.
Eis que agora, na fase crepuscular do seu mandato de Senador da República, após exercer em três oportunidades o comando do Executivo cearense, repentinamente (jogando para a platéia) e de forma até surpreendente, têem sido recorrentes as manifestações do senhor Tasso Jereissati sobre a necessidade de renovação dos quadros políticos do PSDB, em todos os escalões. No seu entendimento-desabafo (da boca pra fora, como se verá adiante), o modelo adotado por seus abastados colegas empresários do Centro Industrial do Ceará (CIC), em 1987 (data da sua primeira eleição a governador do Estado) até esta data, desgastou-se celeremente, apresentando hoje comprometedores sinais de saturação, fadiga e exaustão e, portanto, há que ser mudado ou substituído, a fim que se abram espaços ao surgimento de novos “quadros”.
No entanto, como na arena política vigora e reina a hipocrisia em estado latente, o exercício da verbalizada teoria deixa muito a desejar na prática diária e cotidiana do Senador; tanto é que, paradoxalmente às suas declarações sobre a necessidade de abrir os tais espaços às novas lideranças, o senhor Tasso Jereissati trata de tentar garantir “SUA” vaga e reservar o “SEU” lugar no Congresso Nacional ao, egoisticamente, jogar pesado, gastar uma montanha de dinheiro e lutar desesperadamente para não largar o osso, porquanto candidato à reeleição para uma das vagas do Estado do Ceará no Senado da República.
Convém, entretanto, que lembremos:
1) como político e Senador da República o senhor Tasso Jereissati optou por privilegiar o mega-empresário Tasso Jereissati e demais colegas do CIC (deixando o povo na orfandade), ao votar pela extinção da CPMF, decisivamente contribuindo para o estupendo desfalque de R$ 40 bilhões nas verbas governamentais direcionadas à Saúde; 2) passou todo o mandato criticando de forma cáustica o programa Bolsa Família (ou Bolsa-Esmola, na versão tucana) para, agora, às vésperas da eleição, apresentar como principal bandeira o fortalecimento do dito-cujo; 3) não esquecer, também, que a família Jereissati, através do tímido empresário e irmão Francisco Jereissati (teria mesmo capital pra isso ???), foi beneficiária privilegiada da bilionária privatização da telefonia brasileira, no governo FHC.
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Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
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há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Carência de “quadros” ??? - José Nilton Mariano Saraiva
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