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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Amor imponderável - Por Socorro Moreira



Acho sincero o silêncio do amor não declarado.Por mais sutil que seja a sentença, ela considera o imponderável.
O amor decantado vive da própria essência e prolifera num habitat especial , paralelo à realidade.
Ele é incerto, sendo unilateral.
Ele é completo , no percurso das heras.Ele não vive na espreita, sabe a falta do encalço.Não posso condena-lo, se o campo é imaginário.Meu juízo perdoa a falta de reciprocidade.Levianamente extrapolo em palavras, e deito no rio dos sentimentos as pedras que nos separam. Permeia  águas correntes, que deslizam, nos mares dos prazeres.Unificar o amor é objetivo perene.Objetivvá-lo  é deixa-lo livre, na corrente que circunda  fios interiores.
Quando um dia passar, vou entender que foi vivido, no fórum da eternidade.
Macacos me mordam, coruja guarde os meu segredo...Meu amor é crédito, sem cartão de saque.
É previdência , na providência do vazio, quando se instala.
Nada trágico. Tudo dentro do previsto mensal. E assim os anos e ânimos se sucedem. Começou em Janeiro de um ano infindo. 

socorro moreira

2 comentários:

CARIRI CANGAÇO disse...

"Por mais sutil que seja a sentença"... estimada Socorro, quão sutís são tantas sentenças...

Maravilhoso, impecável.

Manoel Severo

Liduina Belchior disse...

Socorro,

Silêncio,
Sentença,
unilateralidade,
imponderável,
eternidade,
previdência,
providência,
decantamento,
segredo...

O amor tem tudo isso.Lindo e bem bolado texto.Abraços: Liduina.