Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sukiaky - ao meu pai na noite em que minha mãe já não estava - José do Vale Pinheiro Feitosa

a poesia não me traduz,
meu sentimento não se eleva,
muito próprio, tão próximo,
caído neste precipício,
que apenas reflete a luz.

e preciso dizer,
o quanto tudo é solidão,
a parcela da vida que se perdeu,
esfumaçou-se como um graveto,

rápido incêndio te vaporizando,
nem acredito nas próprias mãos,
na cena que o olhar revela,
a seta da rosa dos ventos.

mas olhando para o céu,
estrelas poderiam ser pautas,
de uma música universal,
pingos de uma neblina matinal.

quem sabe em alguma estarás,
como fazer para te encontrar?
abrir as portas das percepções?
atravessar as passarelas da via Láctea?

em alguma estrela te perderás?
à poeira do universo retornarás?,
perdido no deserto de ti,
no espaço sem dimensões,
no tempo sem movimentos.

em que estrela me encontrarei?

3 comentários:

socorro moreira disse...

Lindo demais !
Emocionante !
Um presente prta gente sentir....

socorro moreira disse...

Podemos selecionar esse poema como um dos, para nossa edição especial?

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

De acordo.