CAIU NA REDE por Cora Rónai
Este livro da escritora e jornalista Cora Rónai é uma coletânea dos melhores textos apócrifos - de autoria falsa - da internet. São clássicos da web sobre amor, fama e poder. O resultado é um divertido esclarecimento sobre autoria e plágio em tempos de tecnologia digital.
158 páginas
http://books.google.com.br/books?id=XSyzNALqVQIC&printsec=frontcover&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false
Abaixo temos uma matéria sobre o livro Caiu na Rede, de Cora Rónai, no programa Mais Você, de Ana Maria Braga, com participação de Rosana Hermann
http://www.youtube.com/watch?v=ErzzAyIUIEo
Crônica do Kledir Ramil sobre "Caiu na rede"
A escritora e jornalista Cora Rónai acaba de lançar um livro interessante chamado Caiu na Rede, onde coloca os pingos nos is e esclarece a verdadeira autoria de certos textos que circulam pela internet.Dentre eles está incluído o meu Tipo Assim, um dos campeões de circulação, que se transformou em um "clássico" assinado por Luis Fernando Veríssimo.
Tipo Assim é de 2003 e dá título ao meu primeiro livro de crônicas. Tenho recebido meu próprio texto, de várias partes do Brasil, assinado pelo mestre Veríssimo. Inclusive em arquivos Power Point, com música e ilustrações bonitas.Alguns amigos e admiradores me escrevem indignados com tudo isso e já criaram até uma comunidade no Orkut. Na tentativa de desfazer o equívoco, criam novas mensagens e fazem circular para que a autoria seja devidamente creditada.
Fico agradecido pela iniciativa e pelo carinho. De minha parte, não esquento muito a cabeça, pois já estou acostumado a ser confundido com outro. Durante minha vida inteira a história se repete. Por mais que eu tente explicar, ninguém aprende quem é o Kleiton e quem é o Kledir. E tem até gente que pensa que somos colados um no outro.Como foi no dia do casamento do Kleiton, quando o padre perguntou pra noiva:Luciana, aceita casar com Kleiton & Kledir?
Quando eu era criança, lá no sul, havia uma brincadeira chamada telefone sem fio. Não, não estou falando de celular. Telefone sem fio era uma brincadeira de rua, onde um grupo de crianças ficava passando mensagens faladas, de um para o outro. O primeiro criava uma frase, dizia baixinho no ouvido do segundo, esse por sua vez repetia para o terceiro e assim por diante até chegar ao último da fila, que então falava em voz alta o que havia sobrado da mensagem.A diversão era exatamente essa, comparar a frase inicial com a bobagem em que ela havia se transformado após atravessar todos os obstáculos intermediários. Desde interferências reais, como problemas de audição, até contribuições voluntárias, como trocadilhos e piadinhas sem graça.
Hoje em dia vejo essas mensagens que circulam pela internet, sem autoria correta, um pouco como esse antigo telefone sem fio. Alguém pescou uma idéia, mexeu um pouco e passou adiante.
Aí vem um e cola uma figura. Outro corta um parágrafo e acrescenta uma gracinha. Muitas vezes o que chega ao destinatário é um monstrengo literário, um texto Frankstein, sem pai nem mãe, pois ninguém é louco de querer assumir a paternidade de um negócio desses.
No caso do meu Tipo Assim, até que o texto se manteve mais ou menos fiel ao original. Apenas mexeram em alguns detalhes e acrescentaram um pedaço de uma outra crônica de minha autoria, que não altera o espírito da coisa, apenas o ritmo da narrativa.Ah sim, e no final concluíram a obra com uma citação de Einstein.Da qual eu nunca ouvi falar e não posso garantir que seja verdadeira.Só Deus sabe!
http://livrocaiunarede.blogspot.com/
Um comentário:
Muito bem Corujinha !
Agradecemos a ti, o abrir dos olhos.
Abraços.
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