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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Enurese noturna - Por Socorro Moreira


Enurese notuna : o terror dos pais e das crianças.

"O fazer xixi na cama tem um nome técnico: enurese nocturna. O termo deriva da palavra grega “ fazer água”. As crianças mais novas levam algum tempo até conseguirem controlar os esfíncteres de dia e cerca de um ano depois desse controlo diurno conseguem também fazê-lo de noite. Esse controle ocorre aos dois/ três anos de idade mas se for até aos cinco anos não é considerado problemático porque as crianças não se desenvolvem todas ao mesmo tempo, há diferenças entre elas. É normal que as crianças molhem a cama de vez em quando, especialmente quando são mais novas. Fazer xixi na cama uma vez ou outra não é considerado um problema. A enurese só é vista como uma dificuldade a ser tratada quando a criança tem mais de cinco anos, faz xixi na cama duas ou mais vezes por semana durante pelo menos três meses de noite ou de dia.
Para além de um constrangimento para os pais, esta disfunção limita as actividades sociais da criança, em vários aspectos, podendo levar a criança a isolar-se.A enurese é a emissão repetida de urina, durante o dia ou durante a noite, na cama ou nas roupas, em crianças com 5 anos de idade. Na maioria dos casos é involuntária, mas por vezes poderá ser intencional.
A enurese não pode ser causada por uma doença orgânica como espinha bífida, diabetes ou bexiga neurogênica: nesses casos, as perdas de xixi são classificadas como incontinência urinária. As causas da enurese nem sempre são fisiológicas mas sim psicológicas ao contrário daquilo que é incutido aos pais.
O risco de uma criança poder vir a apresentar enurese aumenta se o seu pai ou a sua mãe também passaram pela mesma situação em criança, se faleceu um familiar muito próximo, se os pais se estão a divorciar, ou ainda, se nasceu um irmão. Esta “incontinência” poderá ter diversas causas, que são diferentes de caso para caso, que podem ser hereditárias e emocionais uma vez que os aspectos emocionais se transmitem pela relação entre pais e filhos.
Factores como a ansiedade e o stress estão na origem da enurese nocturna, mas quase sempre tem causas relacionais: uma mãe deprimida e pouco disponível, mães ansiosas e angustiadas, pais demasiado autoritários entre outros aspectos relacionais. A incapacidade da criança conter a angustia faz com que não controle os esfíncteres deixando fluir de uma forma simbólica aquilo que não consegue conter. Mães e pais ansiosos contribuem para a ansiedade dos filhos que pode levar á enurese mais tarde. Muitas vezes também funciona como chamada de atenção para uma mãe pouco atenta, ou de retaliação para pais autoritários.
É importante que os pais se dirijam, numa primeira consulta, ao pediatra da criança para excluir a hipótese de ser alguma malformação e a psicoterapeuta de seguida, com o objectivo de ajudar os filhos a superarem a enurese. É importante que a criança se sinta motivada para melhorar, podendo os pais em casa também ajudarem, como por exemplo, lembrarem a criança de ir à casa de banho antes de dormir, não falar sobre o assunto a outras pessoas quando a criança está presente, não envergonhar nem castigar a criança, dar-lhe banho antes de ir para a escola de maneira a que odor não seja alvo de gozo por parte dos colegas e evitar o uso de fraldas, o que provocaria um retrocesso na criança.
Grande parte dos problemas de enurese resolvem-se com algum tempo de psicoterapia da criança e apoio aos pais em simultâneo (feito pelo mesmo psicólogo que faz a psicoterapia) levando ao bem-estar da criança e da família.

Lídia Craveiro

Quando eu era menina , o prêmio maior, no final do ano escolar era o gozo de férias fora da casa paterna.

Existia sempre um parente , uma tia , em cidades vizinhas , que nos acolhia com alegria.

Um desses lugares era Mauriti - casa dos tios Romeu e Auri.

Considerava a meninada de lá, avançada , em relação ao comportamento das cratenses : começavam a namorar na primeira infância , quando ainda fazíamos xixi na cama.

E esse era o meu pavor , quando chegava na casa dos meus tios: molhar a rede, enquanto dormia.

Já havia completado 10 anos , e isso ainda me acontecia. De manhã quando eu acordava , a minha avó( companheira de viagem) já se achava limpando o chão molhado. Eu já sabia ...Tinha pisado na bola , mais uma vez !

Nunca mais havia pensado no assunto, depois que cresci...

Ontem, conversando com Victor ( meu pediatra doméstico) , o assunto foi ventilado.

Ele rascunhou rapidinho essas observações :

Enurese Noturna

Ato de urinar após o sono.

Terapia comportamental - Por Victor Arturo Moreira Bonates


Treinamento vesical: visa adaptar o músculo detrusor da bexiga cheia à retenção forçada com o adiamento da micção. É um processo questionável, podendo até ser prejudicial. Pode ter sucesso, quando associado ao alarme noturno (uso de despertador).
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A micção projetada: objetiva estimular o despertar com a bexiga cheia e proporcionar a sensação de acordar seco. Envolve familiares que deve acordar a criança, fazê-la ir ao banheiro com o intuito de suavizar a bexiga.
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Reforço psicológico: trata do reconhecimento e premiação pelos dias acordados seco. Usa-se o mapa de estrelas ou outro marcador de dias. Esse método tem eficácia em 20 % dos casos.
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Restrição hídrica: ingerir pouca água no jantar e proibir líquidos, antes de dormir. Índice de sucesso em 53 %.

Fonte: Ernane Luiz Rhodem (urologista)


Esse texto foi pensado( como avó) pelos avós- colchões ao sol !
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