Meu caminhar é solitário
Que adianta voltar e buscar o que não ficou ?
Nem gente, nem pacote atrasam
minhas idas , minas vidas
Volto no pensamento
quando o tempo é escravo
- No presente ele é senhor
Acelera ou adormece um desejo animado
Já disse tantos adeuses
Já fiquei de mãos vazias, embargada de saudades
Já tentei reconduzir algum caso terminado
Tudo acaba numa pia :
o resto do café, farelos de pão, flores despetaladas ...
Não gosto das despedidas
Elas estão nas pautas dos meus dias
-Prefiro os encontros inesperados
Seja de música ou pessoa
Seja um conto ou seja um fato
Chega e fica
Desfaz a mala
Cabe num canto da sala
Fica postado num quadro
Faz cafuné, coça o pé
Deixa dormir sossegado.
(foto de Claude )
4 comentários:
Emoção amadurecida
que não se cansa
dos mimos das palavras
das imagens e do ritmo.
Um carinhoso abraço.
Gostei. Gostei mucho! Do poema e da foto. Sugestão: decore esse para você apresentar na Oficina de Poesia. Que achas?
Domingos,
A maturidade dita a oração. Em seguida , um novo momento , inibe a inspiração. Mesmo assim a gente ousa , achando que todo mundo é surdo e cego.
Se imaginar platéia o dicionário da emoção não fala.Ele não gosta do verso que lhe expôe a alma.
Eu quero a poesia vespertina. Entre o ocaso e a primeira estrela. Quem tem sempre pra contar , se não traz o verso , a gente entrega,o próprio anverso, e deixa a vela da poesia acesa.
Oxente , Stela !
O tímido quando decora, se engasga !
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