Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 1 de setembro de 2009

1 de setembro - Dia da Bailarina


Dança, bailarina, dança.

Dança,bailarina,dança...
Põe nos teus passos toda a harmonia
E toda a poesia nas pontas de teus pés
Em gestos nobres,faze surgir a fé!!!

Gira,bailarina,gira...
Vai girando e semeando amor,
Mais depressa que as voltas do mundo,
Pra que haja tempo de matar a dor!

Baila,bailarina,baila...
Traze contigo a primavera
Pra florir os campos,florescendo a Terra,
Numa explosão de cores que tua dança encerra.

Faze de tua arte uma suave prece
Capaz de enternecer os corações de pedra
Faze tua música soar tão alto
Calando assim os estopins da guerra!!!

Mostra ao Homem que o teu bailado
Expressa a vida nesse simples ato...
Onde o amor é tudo,onde o amor é nato.
Que em teus saltos ponhas tua garra
Seguindo sempre a luz de teu clarão,
Quebrando muros para unir os povos
Num universo único,onde se dêem as mãos.
Abre tua alma,no esplendor da dança...
Não desistas nunca e verás,enfim,
Bailar no campo,doce e cálida esperança,
Em meio às flores de um lindo jardim...
O nome Margot Fonteyn dominou o Ballet britânico por mais de 40 anos!!! Foi uma das grandes bailarinas do nosso tempo, sendo uma das mais famosas da segunda metade do século XX.

Margot Fonteyn nasceu na Inglaterra em 1919. Seu verdadeiro nome era Peggy Hookham, e viveu na China parte da sua infância. Quando completou 14 anos, retornou para a Inglaterra, obtendo êxito numa audição para o “Vic-Wells Ballet” fazendo sua estréia lá em 1934, como um Floco de Neve no Ballet “Quebra Nozes”. Seu primeiro solo foi o da jovem Treginnis no Ballet “Valoi the Hauntend Balroom (O Salão Mal Assombrado).

Makarova , a primeira bailarina da companhia, saiu em 1935. Fonteyn e outras bailarinas passaram a se questionar sobre quem seria a primeira bailarina da Cia. Com as audições ficou claro que Margot Fonteyn seria a escolhida, com apenas 16 anos.Em 1939, Fonteyn dançou como Aurora, Gisele e Odete/Odile, e talvez o mais importante, criou meia dúzia de papéis para Ashton. Após um tumultuado começo,cansada pela mútua incompreensão, ela e o coreógrafo estabeleceram uma relação feliz que durou por mais 25 anos produzindo grandes papéis e grandes balés.

Em tempos de guerra, a Cia passava por uma vida nômade, que só terminou com o convite para montar residência no “Convent Garden”, e assim eles inauguraram sua existência naquele local com o Ballet “A Bela Adormecida”, que mostrou o quanto Fonteyn, ainda com 26 anos, já havia percorrido na sua vida de primeira bailarina.

“Symphonic Variotions” e “ Cinderela” foram os ballets seguintes. Fonteyn deixa de ser tesouro nacional britânico para ser uma estrela internacional quando se apresentou com sucesso em New York.

A década de 50 presenciou Fonteyn tomar o lugar de Karsavina em o Pássaro de Fogo e criar “Ondine e Chloe”, os papéis que segundo Ashton faziam mais falta para ele quando a bailarina parou de dançar.

Em 1965 ela se casou com Roberto de Arias, um diplomata do Panamá. Por um tempo se desdobrou para ser bailarina e esposa de um embaixador. Em meados de 1960, a possibilidade de se aposentar começou a ser questionada em entrevistas e reportagens.

Então, em 1961, Nureyev fez seu famoso salto de liberdade em Paris e de Valois com sua percepção o convidou para ir a Londres dançar “Gisele” com Fonteyn. A primeira apresentação dos dois foi uma revelação e a mais famosa parceria em toda a historia do Ballet.

Essa parceria, apesar das tantas dificuldades, fez com que Fonteyn estendesse sua carreira por mais 15 anos e nós ainda a vimos dançar em muitos Ballets, geralmente criados para explorar a mais famosa delas, provavelmente em “Marguerite e Armand” de Ashton.

Fonteyn apresentou-se pela última vez no começo da década de 70 no Panamá, para morar com seu marido que ficou invalido após um acidente.
Fonteyn morreu de câncer em 1991. Sua musicalidade, eloqüência e elegância a fizeram a mais perfeita expressão do que viria a ser o estilo inglês. Sua modéstia e dignidade foram exemplos para toda a Cia em seus tempos de crescimento.

O nome Margot Fonteyn dominou o Ballet britânico por mais de 40 anos!!! Foi uma das grandes bailarinas do nosso tempo, sendo uma das mais famosas da segunda metade do século 20.

A musa de Ashton, o perfeito exemplo do estilo inglês e tão belo quanto as maravilhas do mundo foi sua parceria com Nureyev.Até hoje Fonteyn serve de exemplo e inspiração para qualquer um que a viu dançar e para todas as novas bailarinas que surgem por aí.

[Texto publicado na versão impressa de Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte, nº 112, julho de 2005, pág. 10]

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