Para Claude Bloc em seu ruidoso silêncio
Calar-se, não dizer palavras.
Privar-se de pronúncias,
Escritas, cantos e ruídos,
Inexpressão dos pensamentos.
Eis que o silêncio pode ser a paz,
A paz da conformidade ao entendido,
Pois jamais há em nós mais que mudez,
Uma vez que somos o mundo contido.
Uma vez contendo o mundo,
Todos os ruídos dele estão em nós,
Mesmo quando se faz silêncio,
Silêncio de cordas vocais.
Mesmo que todos os sentidos cessem,
Haveria o ressoar do tempo vivido,
A corrida do sangue na trama ingente,
Os gases respirados, os sólidos mastigados,
Os líquidos deglutidos e a pele ensolarada,
Todos os elementos da velha história.
Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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Um comentário:
José do Vale,
A você que entendeu e ouviu meu silêncio
A você que soube conter o silêncio
A você que despertou os ruídos da alma antes que os sentidos cessem
A você que também respira, canta, deglute e se projeta ao sol
A você que faz parte desse silêncio ruidoso,
Meu abraço
E que o sábado lhe seja pleno em sorrisos e risadas de alegria cristalina
Claude
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