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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Bororó - por Norma Hauer


Seu nome verdadeiro era longo: Alberto de Castro Simões da Silva, mas ficou "reduzido" a BORORÓ e assim ficou conhecido no meio musical. Ele nasceu a 15 de outubro de 1898, em Botafogo, aqui no Rio e ainda menino aprendeu a tocar violão com seu pai.

Seu apelido foi dado por um professor que soube que um grupo de índios bororos foi recebido em sua casa.

Foi em 1920 que começou a compor para ranchos e, com um grupo de seresteiros, passou a se apresentar em festas, cantando modinhas e lundus então na moda.

Somente em 1939 teve seu primeiro samba gravado:"Da Cor do Pecado", com Sílvio Caldas. No ano seguinte, Orlando Silva gravou "Curare" e, em 1943 Sílvio gravou "O Que é, o que é?".

Bororó ficou conhecido apenas por essas três músicas, sendo que a primeira, "Da Cor do Pecado, serviu de tema, recentemente, para uma novela da Rede Globo.

Mas Bororó foi importante como radialista, havendo labutado em algumas emissoras como na Rádio Educadora do Brasil (que depois virou "Tamoio"). Aliás, dois "índios" se
encontraram, ali.

Como radialista ,"Bororó" "descobriu" o cantor CARLOS GALHARDO e o levou a apresentar-se naquela emissora, em 1933. Daí para se tornar aquele maravilhoso cantor, foi um passo gigantesco.

Também ORLANDO SILVA ´foi "descoberto" por Bororó, que o apresentou a Francisco
Alves que na época (1934) tinha um programa na Rádio Cajuti , onde Orlando iniciou
sua carreira. Em 1936, Orlando estava inaugurando a Rádio Nacional.

Bororó gravou pouco, mas o fato de "descobrir" dois grandes cantores, mostra sua
importância em nosso meio radiofônico. Os cantores sempre faziam questão de citar o
fato, em suas entrevistas em rádios e revistas e jornais.

BORORÓ faleceu em 7 de junho de 1986, sem completar 88 anos.
Norma Hauer

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