e ser somente emoção
ilha a milhas da razão
toda ciência do mundo
só servirá para arrancar-me
da cama montada de enfermidade
e levantar e ver a claridade da rua
o calor na pele dos muros
se junta ao brilho dos alfanjes
nos becos algaravia
numa dança com o rosto do regente
concentração de notas
que suas mãos espalham
desenho de música no espaço
o olhar do mouro sem granada
sua alma gravada no flamenco
as mil facetas do tempo
as mil facetas do tempo
(........................................)
na calçada em frente ao banco
o menino estremece
ao duro olhar
lançado contra o que seria
e ali mesmo se perdeu
como tudo o que se perde
no extravio do amor
por favor, que horas são?
Um comentário:
Marquei a hora da tua aparição.
Presente dominical. E agora, que importa o tempo dos relógios ?
Fico assim fora de órbita, nos tragos de um poema.
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