Perdi os meus escritos por um mês.
Perdi-me a mim mesma do escrever, há meses.
A poesia envia-me sinais,
raio de luz em sótão empoeirado,
imagem de vida em mundo cristalizado e imóvel.
Pergunto-me sobre o estranho ingrediente,
este que me paralisa,
seca as minhas palavras.
Perco a centelha, mesmo a de uma poesia de impressões
– como em Natal, o poema da areia, da luz, do recorte de mar que nos leva a Ponta Negra.
A aderência à areia. E era tudo.
Pés descalços na areia,
olhos fechados,
ao sol e ao vento, e a luz do sol, e a luz do mar,
a água, a água.
E vinham poemas, com a brisa.
Assim passavam, e eu só.
O silêncio nutre,
sem palavras.
Foto de MVítor.
Perdi-me a mim mesma do escrever, há meses.
A poesia envia-me sinais,
raio de luz em sótão empoeirado,
imagem de vida em mundo cristalizado e imóvel.
Pergunto-me sobre o estranho ingrediente,
este que me paralisa,
seca as minhas palavras.
Perco a centelha, mesmo a de uma poesia de impressões
– como em Natal, o poema da areia, da luz, do recorte de mar que nos leva a Ponta Negra.
A aderência à areia. E era tudo.
Pés descalços na areia,
olhos fechados,
ao sol e ao vento, e a luz do sol, e a luz do mar,
a água, a água.
E vinham poemas, com a brisa.
Assim passavam, e eu só.
O silêncio nutre,
sem palavras.
Foto de MVítor.
Um comentário:
Menina , como me reflito nesse poema...
Só tenho respostas exatas para a minha falta de jeito , quando rabisco um texto.
Nesse ítem , sorvo o teu de um só gole... e fico nutrida.
Precisa aprendeer sobre o silêncio... Ele às vezes é tratado por mim como inimigo.
Obrigada Ana, pela beleza da tua poesia: forma e contéudo !
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