Voltaram as muriçocas.
Sobretudo às seis horas.
Momento em que alma levita.
O corpo tomba.
E uma dor comum
em mim mesmo
é tragada.
Queridas muriçocas
digam aos meus ouvidos
por onde viveram longe do meu sangue.
Sentia saudades daquele tempo
em que seus violinos agudos
trespassavam minha carne.
Voltaram.
Minhas adoráveis muriçocas.
Não percam tempo -
Meu sangue continua doce,
creio.
Um comentário:
Pra quem viveu e creceu na Rua da Vala , muriçoca não tem hora.
Eu acendia uma vela, apagava a luz do quarto, e a chama as atraía,,, e thic !
- Elas morriam !
Mas deixei de matá-las , quando descobri que existem lugares sem valas... Começei a escutar outros sons ... Os sons das saudades !
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