como o sol que pousa sobre a terra,
Que perco meus raios sobre tí
Como as folhas correntes nos ares do outono
Como as pedras dolentes nos rios, nas águas de uma tarde qualquer...
Que assim surjo para tí e tu somes no vazio do espaço
É assim que corro como Apolo, pelos céus, que roubo as asas de Ícaro e grito teu nome do alto da torre de babel
Do alto de todos os píncaros.
E assim correm meus dias vendo as flores nascerem como você. Ver cada pétala invadir-se de cor como você que infesta de vida ao chegar...
E assim vejo as ervas daninhas olharem o viço das flores aspirando matar...
E eis que as lágrimas caídas do rachar do céu não somente inspiram os crimes das ervas,
Não inspiram somente o bradar de trovões.
Agoam sim seu corpo e a água toma-se em veios, suas veias, nutre-as e assim torna novamente a seu viço impecável, o seu exalar letárgico de perfumes e seus olhos castanhos a furar-me a alma.
É assim que também sangro e me faço etéreo, agora não mais para buscar-te...
Torno-me híbrido, um tiro de festim, a perfurar-lhe o peito e em você me misturar.
Foto: Carlos Silleiro
Um comentário:
O poeta apaixonado nos apresenta suas musas.
Tenho saudades das minhas paixões... Gosto muito da poética de Sávio !
Minhas histórias maorosas são tão resolvidas , que a poesia escapa !
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