No vai e vem do tempo
deixo escorrer as águas
deixo secar os sonhos
faço espuma nos mares da pia
Tudo é fria!
Nada volta...
Apenas um cheiro fica,
no lençol que me cobria!
Depois do leite derramado
Há sempre um gato
para lamber o prato
Depois da chuva
há sempre um canto para secar
um cheiro novo no ar
uma surpresa no olhar
Suspiros...
Senti-los como um beijo
que molha a boca
girando louco
no carrossel do corpo
domando a alma
que goza submissa!
(foto: Teresa Abath)
7 comentários:
MUITO LINDO O QUE VOCE ESCREVEU ...ESSA TUA ALMA POÉTICA TENHO CERTEZA QUE EXISTIA DESDE OS VERDES ANOS. UM BEIJO CARINHOSO E FRATERNO , ROSA
Adoro seus poemas...
Sou suspeita...
Sou irmã...
Sou amiga...
Sou do Vale...
Sou da Chapada...
Rosa, descobri a poesia com os teus versos, nos nossos verdes anos. Lia os teus, e ficava tentando formar os meus. Escrevo de atrevida ( risos, e porque tenho alma de artista !
Um beijo.
Você é mesmo suspeita, minha cara !
Sentimos muito parecido ... é a água: da Chapada !
Beijo
Socorro,
Não seja modesta. Seu atrevimento fala direto à nossa alma. Nos identificamos em seus sentimentos.
Aqui é proibido dizer "gostei muito"? To be or not to be, that's the question. Mas brincadeiras à parte AMEI o texto.
Abraços,
Claude
Primero o silêncio
de quem acolhe,
de quem se entrega
ao sonho
ao poema
à chuva
aos cheiros e
aos cantos
à voz de Sauska
à alma de Sauska.
Depois o aplauso.
Faço coro com os comentários anteriores Socorro, e não poderia ser diferente. Há aqui o que sempre busco em minhas escrita. A essência da palavra ousada e a forma simples que a escrita se desenvolve. É o cerne da reflexão, da poesia, da arte enfim.
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