Numa cidade do interior toda novidade era bem vinda, principalmente quando acontecia dentro da nossa escola. O colègio Dom Bosco realizava as mais belas comemorações artisticas criadas pela professôra Divane Cabral. Nosso coração batia forte quando entrava na sala de aula pedindo licença a Dona Ruth para escolher os personagens do próximo evento.
Eu era menina esperta, olhos atentos e meu coraçãozinho aos pulos falava baixinho...
_ Me chama... me chama...
_ Você, você e você !
O indicador me apontou ! E a vaidade pela escolha me fez feliz. Gostava de novidades e já naquela época tudo que era realicionado a artes, me interessava, e muito. Não sabia o que me aguardava mas tinha a certeza de que daria o máximo de mim para fazer perfeito e bonito.
Um grande projeto artistico estava em andamento para o final do ano na escola. Uma Noite em Portugal. Um cenário com casarios, jardins, música e dança representadas ao vivo pelos alunos do colégio do professor José Newton Alves de Souza. Tudo teria de ser perfeito e seria com certeza pois ali se encontrava a magia da professora Divane. Eu seria uma figurante. Enquanto não se encontrava um rapazinho que fizesse par com a talentosa Márcia, figura principal da dança, ficaria provisoriamente ensaiando com ela até aparecer o seu parceiro do vira-vira. Foi mencionado o nome de Peixoto, mas não aceitou o desafio. Alguns meninos da escola fizeram os testes, mas ninguem agradou a professôra de artes. A pequena menina foi se superando e dançando com graça, ritmo e leveza, mas a dúvida asombrava...
_ Será que irei dançar no grande dia ?
Só ela saberia a resposta. E os ensaios continuavam todos os dias. Tinha também uma forte negativa, eu era muito pequena para fazer par com Márcia. O cavalheiro não apareceu. O dia da estréia chegava cada vez mais perto, e eu ensaiando... Até que finalmente fui comunicada de que não surgiu ninguem para substituir a pequena menina por um português para a dança do vira-vira. Tudo estava pronto.
A fantasia de menino, o cenario belissimo na quadra da escola, os grupos de dança ensaiados e o par principal teria que entrar em cena na Em uma Noite em Portugal. Meus cabelos foram prêsos em baixo de um bonito chapeu, e acrescentado um belo bigode preto para o disfarçe. Dancei com toda a minha energia e entusiasmo, levando no coração o orgulho do destaque, embora as pessoas não soubessem quem era o rapazinho elegante que dançava ao lado da linda dama. Foi um sucesso ! E entre aplausos , as interrogações...
_ Quem é o português ?
_ Quem é o rapazinho ?
Edilma Rocha
Eu era menina esperta, olhos atentos e meu coraçãozinho aos pulos falava baixinho...
_ Me chama... me chama...
_ Você, você e você !
O indicador me apontou ! E a vaidade pela escolha me fez feliz. Gostava de novidades e já naquela época tudo que era realicionado a artes, me interessava, e muito. Não sabia o que me aguardava mas tinha a certeza de que daria o máximo de mim para fazer perfeito e bonito.
Um grande projeto artistico estava em andamento para o final do ano na escola. Uma Noite em Portugal. Um cenário com casarios, jardins, música e dança representadas ao vivo pelos alunos do colégio do professor José Newton Alves de Souza. Tudo teria de ser perfeito e seria com certeza pois ali se encontrava a magia da professora Divane. Eu seria uma figurante. Enquanto não se encontrava um rapazinho que fizesse par com a talentosa Márcia, figura principal da dança, ficaria provisoriamente ensaiando com ela até aparecer o seu parceiro do vira-vira. Foi mencionado o nome de Peixoto, mas não aceitou o desafio. Alguns meninos da escola fizeram os testes, mas ninguem agradou a professôra de artes. A pequena menina foi se superando e dançando com graça, ritmo e leveza, mas a dúvida asombrava...
_ Será que irei dançar no grande dia ?
Só ela saberia a resposta. E os ensaios continuavam todos os dias. Tinha também uma forte negativa, eu era muito pequena para fazer par com Márcia. O cavalheiro não apareceu. O dia da estréia chegava cada vez mais perto, e eu ensaiando... Até que finalmente fui comunicada de que não surgiu ninguem para substituir a pequena menina por um português para a dança do vira-vira. Tudo estava pronto.
A fantasia de menino, o cenario belissimo na quadra da escola, os grupos de dança ensaiados e o par principal teria que entrar em cena na Em uma Noite em Portugal. Meus cabelos foram prêsos em baixo de um bonito chapeu, e acrescentado um belo bigode preto para o disfarçe. Dancei com toda a minha energia e entusiasmo, levando no coração o orgulho do destaque, embora as pessoas não soubessem quem era o rapazinho elegante que dançava ao lado da linda dama. Foi um sucesso ! E entre aplausos , as interrogações...
_ Quem é o português ?
_ Quem é o rapazinho ?
Edilma Rocha
9 comentários:
Edilma, fiquei tão emocionada !
Você conta no presente com toda carga de emoções dos aplausos. Divane foi uma das principais responsáveis pela Educação Artística de várias gerações. Ela ainda hoje é um ícone de arte e cultura da nossa cidade. Transformava em pouco tempo crianças em cantoras, atrizes, bailarinas !!!
Obrigada pelo prazer que senti, na leitura desse texto. Conte mais ... Por aqui vou tentar relembrar outros episódios !
Abraços , querida !
Edilma, parabéns pelo texto, boas lembranças!
Abraços
Magali
Socorro,
Felizes fomos nós que estudamos no Colégio Dom Bosco...
Aquela farda simples com pequenos butõeszinhos pretos guarda o caminho de volta...
Beijos !
Edilma,
Adorei te ler. Você envolveu seus leitores com sua alegria. Nos transportou ao seu momento, nos fez sentir a performance do "rapazinho português".
Abraços piauienses pra você.
Claude
Magali,
Preciso lhe encontar qualquer dia desses com a companhia de Claude.
Essas historias fazem parte de nossas vidas.
Beijo !
Claude,
Como anda o clima por aí ?
Quente, mais quente, muito quente e quentíssimo ?
kkkkkkk.......
Esse calor já me pertenceu um dia.
Beijo !
Nossa! Edilma, você descreveu passo a passo as emoções da expectativa da escolha, da alegria da participação. Ah,essa noite foi belíssima, eu também dancei vestida de portuguesa. Quanta lembrança gostosa, hein?
Como diz você mesma, esse Cariricaturas tá que tá!
Estela,
Bom lhe encontrar...
Não sabia que você tinha feito parte desse momento.
Matamos as saudades juntas com a foto;
Beijo !
Uma pessoa fiou raivosa com esta dança, foi o mano Roberto que foi procurado por colegas que elugiaram a dança portuguesa. Diz o Roberto: Que nada era a minha irmâ. Lembra?
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