São João é a festa da fertilidade. Reprodução, música, a dança e o amor. A fertilidade estava no corpo feminino. A primavera, a renovação, os coelhos e ovos coloridos vêm desta tradição. E por que São João?
A fogueira, fogos, brinquedos e comidas. Tudo isso nos liga ao tempo remoto. Sem, necessariamente, linhas diretas, muitas vezes incorporando elementos novos e pelo caminho tomando fragmentos de outros mitos e hábitos culturais. Mas uma coisa é certa, a festa é uma grande rememoração da nossa vida rural.
Por isso no sudeste se vestem como caipiras e no nordeste como sertanejos. No nordeste se o regime das chuvas permite o milho verde, ele é o centro dos festejos, no sudeste sempre é, mas tem o salsichão assado na brasa, bolos de fubá, paçoca (de amendoim) e o tradicional quentão.
Todo mundo dança à moda antiga, pois o rural já é antigamente: de par, homem e mulher. O que era o São João para os agricultores, não mais o é para os atuais urbanos. Se bem que a fertilidade é uma coisa da agricultura, não da pecuária e suas antigas festas de apartação que a maioria nem sabe mais o que seja, afinal as cercas acabaram os campos comuns.
Tem muito mais de urbano. Com a televisão e o cinema, além da literatura, há uma troca de tradições em vastas regiões do Brasil. Mas como as sedes dos meios de comunicação estão no sudeste, hoje são numerosos os pequenos gestos, roupas e estilo que lembram os caipiras enquanto se perderam igualmente a tradição sertaneja. Até aquele linguajar matuto das quadrilhas e danças já reproduzem alguns elementos do caipira do sudeste.
Enfim, a festa de São João talvez seja a mais persistente e abrangente manifestação da cultura tradicional brasileira. O Carnaval, apesar de universal no país, é um festejo urbanos, nascido no país após o século XIX. As demais manifestações são mais temáticas e regionalizadas. O São João não, ele acontece e é estimulado em todo o país.
Este final de semana mesmo, o avô de Sofia não pode ter outro compromisso. Na tarde de sábado, entre vais e vens de costuras, a Sofia vestirá um vestido caipira numa festa de São João de sua escola. E ela que nasceu, culturalmente, quase trezentos anos após o avô.
A fogueira, fogos, brinquedos e comidas. Tudo isso nos liga ao tempo remoto. Sem, necessariamente, linhas diretas, muitas vezes incorporando elementos novos e pelo caminho tomando fragmentos de outros mitos e hábitos culturais. Mas uma coisa é certa, a festa é uma grande rememoração da nossa vida rural.
Por isso no sudeste se vestem como caipiras e no nordeste como sertanejos. No nordeste se o regime das chuvas permite o milho verde, ele é o centro dos festejos, no sudeste sempre é, mas tem o salsichão assado na brasa, bolos de fubá, paçoca (de amendoim) e o tradicional quentão.
Todo mundo dança à moda antiga, pois o rural já é antigamente: de par, homem e mulher. O que era o São João para os agricultores, não mais o é para os atuais urbanos. Se bem que a fertilidade é uma coisa da agricultura, não da pecuária e suas antigas festas de apartação que a maioria nem sabe mais o que seja, afinal as cercas acabaram os campos comuns.
Tem muito mais de urbano. Com a televisão e o cinema, além da literatura, há uma troca de tradições em vastas regiões do Brasil. Mas como as sedes dos meios de comunicação estão no sudeste, hoje são numerosos os pequenos gestos, roupas e estilo que lembram os caipiras enquanto se perderam igualmente a tradição sertaneja. Até aquele linguajar matuto das quadrilhas e danças já reproduzem alguns elementos do caipira do sudeste.
Enfim, a festa de São João talvez seja a mais persistente e abrangente manifestação da cultura tradicional brasileira. O Carnaval, apesar de universal no país, é um festejo urbanos, nascido no país após o século XIX. As demais manifestações são mais temáticas e regionalizadas. O São João não, ele acontece e é estimulado em todo o país.
Este final de semana mesmo, o avô de Sofia não pode ter outro compromisso. Na tarde de sábado, entre vais e vens de costuras, a Sofia vestirá um vestido caipira numa festa de São João de sua escola. E ela que nasceu, culturalmente, quase trezentos anos após o avô.
Um comentário:
Oxente, menino,
Que coisa boa Sofia ter um avô assim e poder curtir um momento como este ainda com todo preparo e mimo...
Vejo em muitos lugares um total abandono a essas trdições tão gostosas de ainda participar.
Abraço,
Claude
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