Zélia Gattai (1916 - 2008) foi uma escritora e fotógrafa brasileira, tendo também sido expoente da militância política durante quase toda a sua longa vida, da qual partilhou cinqüenta e seis anos casada com o também escritor Jorge Amado, até a morte deste.
Poucos escritores começam a escrever aos 63 anos, mas foi o que ocorreu a Zélia Gattai, esposa de Jorge Amado, que estreou em 1979 com o livro ‘Anarquistas, Graças a Deus’. Nele, ela narra a saga de sua família de imigrantes italianos chegados a São Paulo no início do século. A descrição do dia-a-dia de uma cidade em constante crescimento é o pano de fundo de uma narrativa que privilegia a viva memória pessoal à dos arquivos, propiciando um relato simples e saboroso tanto de acontecimentos cotidianos quanto daqueles repletos de riquíssimo conteúdo histórico.
Uma bela avó.
É assim que podemos dizer de Zélia Gattai. Mulher guerreira, inteligente, meiga, educada, refinada, cheirosa, amada amante…
Zélia Gattai era uma bela e linda avó de todos os grapiúnas das margens do Rio Cachoeira. Era o exemplo de mulher tipo superação. Ela tinha uma delicadeza real em gestos populares. Sabia falar sempre sorrindo e tinha nos seus atos, os calores mornos das mães.
Era a mulher do nosso admirador ilustre, o escritor Jorge Amado dos Ilhéus, bebedor de água de coco em Banco da Vitória e entusiasta das nossas paisagens.
"Continuo achando graça nas coisas, gostando cada vez mais das pessoas, curiosa sobre tudo, imune ao vinagre, às amarguras, aos rancores".
Zélia Gattai
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