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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 11 de setembro de 2010

Cuidado com o açúcar - Emerson Monteiro

O principal motivo são os prejuízos que acarreta ao organismo, além de viciar quem o consome. Numa aparência de inofensividade, aquela história do lobo em forma de carneiro, o açúcar invade os lares numa sem-cerimônia de causar espanto, gerando males físicos destruidores, pousando de inocente qual o mais suave dos alimentos.
A natureza sempre oferece, em todos os meios, a glicose nas proporções certas à nutrição dos sistemas biológicos, contudo, após a febre mercantil das grandes navegações, altas concentrações de sacarose foram levadas à mesa dos europeus e virou peça inevitável. Holandesas, ingleses, franceses, espanhóis e portugueses fizeram a festa, das Antilhas e ao Brasil, ocasionando celeumas internacionais por conta do frenesi ocasionado pela mania do açúcar refinado, elaborado nas usinas espalhadas nas colônias, e transmitido ao resto do mundo com uma das grandes descobertas modernas.
Hoje, nos aniversários e outros eventos similares, o bicho corre solto, no afã de entupir crianças indefesas com o açúcar fantasiado pela técnica da ilusão, destruindo dentes e o apreciado equilíbrio original do corpo, diante da inocente emocionalidade de pais coniventes, para, depois, danificar a dosagem dos elementos no sangue e abrir espaço ao perigo da dependência de um fator químico considerado agressivo agente cancerígeno aos olhos da ciência.
Tudo, no entanto, avalizado pela indústria e o comércio dos lucros galopantes.
Sem uma consciência alimentar, as pessoas tornam-se vítimas indefesas da ignorância e da fragilidade. Qual bomba letal de efeito retardado, no princípio saboroso e de aparências inofensivas, a droga do açúcar vira vício.
Há três ou quatro décadas, bem menos casos de obesidade e diabetes dominavam clínicas e hospitais, o que neste tempo chega às raias do desengano. A invasão, porém, dos refrigerantes, sorvetes, chocolates, bolos, bombons, etc., em volumes exagerados, sujeita a desorganizar os padrões alimentares dos consumidores. Daí, numa velocidade galopante, ocorrências de prejuízos na qualidade de vida viram coisa comum. E esse vilão pegajoso, carreador de formigas e baratas, impõe-se no escore elevados de doenças e desnorteia o território da saúde pública, ainda assim não desmascarado e denunciado em iguais proporções pelas autoridades.
Cuidado, pois, com os efeitos causados pelo açúcar, mazela que, quando usada nas doses excessivas, qual acontece nos dias atuais, torna-se dos piores inimigos da saúde.
Seja astuto, conforme ensina Jesus, livre-se das consequências do prazer pelo prazer. Contenha-se nas tentações e busque jejuar de sabores que lhe custam preços elevados da tranquilidade orgânica tão preciosa do seu corpo.

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