Aqui pelo Rio de uns tempos para cá no caldo da classe média surgiu um novo ingrediente no falar: pessoas do bem e pessoas do mal. Desde que surgiu não usei a adjetivação nenhuma vez. É preguiçosa demais e redutora por excesso para que me revele como sou.
Não existem pessoas adjetivadas, pois, definitivamente, as pessoas são o que são deixando de ser. A vida é um movimento, tão intenso e claro, que deu origem a toda a filosofia alemã, especialmente à dialética hegeliana. A própria “lutas dos contrários”, a afirmação, a negação e a negação da negação; mostrava claramente este devir na história.
Mas em assim sendo como fica a ética, se tudo poderia cair na tabula rasa do movimento que a tudo justificaria? É que o movimento ocorre sobre as coisas substantivadas, modificando-as, mas estas modificações existem como muitas alternativas. Não apenas como aquela de fato acontecida. E que por isso mesmo não necessitam se tornar padrão e nem bandeira de ninguém.
Não existem pessoas do bem e do mal, mas existem práticas que já se conhecem no que dão. São as práticas que precisam ser confrontadas com a crítica e com a vontade coletiva, confrontadas com a razão dos exemplos apreendidos. Por isso mesmo não acho que ninguém seja bandido, prostituta, político, mau caráter ou outro modo de adjetivar, pois como pessoas, sempre serão muito mais que as suas práticas.
Mas as práticas, estas sim, serão sempre alvo da potência crítica. Mas sempre considere que a crítica é combustível da história, que muda de natureza, se elastece ou se reduz, que se expande e pode se encolher de tal modo que seu conteúdo não foge do próprio umbigo.
Ao trazer o tema, apenas pondero, que na fase de um segundo turno eleitoral as práticas, muito mais que os candidatos, estarão sobre a tutela do eleitor. Inclusive o modo como um lado ataca o outro, especialmente se por vias (práticas) já por demais usadas e abusadas.
Não existem pessoas adjetivadas, pois, definitivamente, as pessoas são o que são deixando de ser. A vida é um movimento, tão intenso e claro, que deu origem a toda a filosofia alemã, especialmente à dialética hegeliana. A própria “lutas dos contrários”, a afirmação, a negação e a negação da negação; mostrava claramente este devir na história.
Mas em assim sendo como fica a ética, se tudo poderia cair na tabula rasa do movimento que a tudo justificaria? É que o movimento ocorre sobre as coisas substantivadas, modificando-as, mas estas modificações existem como muitas alternativas. Não apenas como aquela de fato acontecida. E que por isso mesmo não necessitam se tornar padrão e nem bandeira de ninguém.
Não existem pessoas do bem e do mal, mas existem práticas que já se conhecem no que dão. São as práticas que precisam ser confrontadas com a crítica e com a vontade coletiva, confrontadas com a razão dos exemplos apreendidos. Por isso mesmo não acho que ninguém seja bandido, prostituta, político, mau caráter ou outro modo de adjetivar, pois como pessoas, sempre serão muito mais que as suas práticas.
Mas as práticas, estas sim, serão sempre alvo da potência crítica. Mas sempre considere que a crítica é combustível da história, que muda de natureza, se elastece ou se reduz, que se expande e pode se encolher de tal modo que seu conteúdo não foge do próprio umbigo.
Ao trazer o tema, apenas pondero, que na fase de um segundo turno eleitoral as práticas, muito mais que os candidatos, estarão sobre a tutela do eleitor. Inclusive o modo como um lado ataca o outro, especialmente se por vias (práticas) já por demais usadas e abusadas.
2 comentários:
José do Vale
Excelente e filosófico texto.
Se já lhe admirava; agora mais ainda. Pois possui embasamento no que diz e não é fundamentalista.
E no setor "recursos humanos", nota 10.
Abraços: Liduina.
Sempre !
Reverência !
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