Se foi maior, durou menos. Mas existe esta incoerência no cotidiano burguês. Troca-se a radicalidade da árvore principal por alguns galhos desfolhados como sua vida tediosa. E mesmo que o tempo passe: não devemos confiar em pessoas com mais de trinta anos.
Venderam seu tempo em forma de trabalho. Viciados, dependentes, são capazes de matar por um copo de coca cola se não estiver bem gelada. Se as luzes das vitrines não seduzirem seu olhar ao menos uma vez por semana, a infelicidade do mundo baixo como um fumo negro.
Alguns dias. O desafio à guerra; cuspo no olho do teu consumo; resisto às tuas regras cínicas; nego teus filmes, tuas músicas, teus texto, tua poesia. Se a Caterpillar que desmonta teu morro de certezas ainda não o pôs abaixo, é que a lâmina que arrasta tuas entranhas leva tempo até consumir-se.
Um minuto ao invés de um século. Sessenta segundos de intenso mergulho no vazio do edifício que tomas por civilização ao invés de milhares de horas na praça de alimentação cercada de Hambúrguer. Gosto de pipoca, olfato de ketchup, tato de jujuba, escuta de roleta, a estética das rugas que sustentam o botox.
E quando revi tuas imagens, gastas, desbotadas, toda a energia do intenso relampejou por um breve tempo. Como breves foram tuas vidas, a rebeldia, a profunda negação daquele megassismo em alguns hectares nos arredores de N. York.
Como Che Guevara aquela geração se não morreu fisicamente no intenso que não dura, pouco depois foi enforcada com a gravata de algum escritório clean das ruas da América. E hoje, se vivos estiverem, estão em algum zoológico das espécies em extinção ou se tornaram zumbis com frases soltas de recordação.
Afinal não é da idade. É a intensidade. Se uma pessoa com mais de trinta anos não era confiável, menos ainda os menores de trinta dos tempos de agora.
Venderam seu tempo em forma de trabalho. Viciados, dependentes, são capazes de matar por um copo de coca cola se não estiver bem gelada. Se as luzes das vitrines não seduzirem seu olhar ao menos uma vez por semana, a infelicidade do mundo baixo como um fumo negro.
Alguns dias. O desafio à guerra; cuspo no olho do teu consumo; resisto às tuas regras cínicas; nego teus filmes, tuas músicas, teus texto, tua poesia. Se a Caterpillar que desmonta teu morro de certezas ainda não o pôs abaixo, é que a lâmina que arrasta tuas entranhas leva tempo até consumir-se.
Um minuto ao invés de um século. Sessenta segundos de intenso mergulho no vazio do edifício que tomas por civilização ao invés de milhares de horas na praça de alimentação cercada de Hambúrguer. Gosto de pipoca, olfato de ketchup, tato de jujuba, escuta de roleta, a estética das rugas que sustentam o botox.
E quando revi tuas imagens, gastas, desbotadas, toda a energia do intenso relampejou por um breve tempo. Como breves foram tuas vidas, a rebeldia, a profunda negação daquele megassismo em alguns hectares nos arredores de N. York.
Como Che Guevara aquela geração se não morreu fisicamente no intenso que não dura, pouco depois foi enforcada com a gravata de algum escritório clean das ruas da América. E hoje, se vivos estiverem, estão em algum zoológico das espécies em extinção ou se tornaram zumbis com frases soltas de recordação.
Afinal não é da idade. É a intensidade. Se uma pessoa com mais de trinta anos não era confiável, menos ainda os menores de trinta dos tempos de agora.
Um comentário:
Sou pós-woodstoquiana , mas aspirei aquela vida sem normas, onde a ética era paz e amor.Ficava olhando de longe , querendo ser e saber um pouco mais. A coragem de se desgarrar das origens , cordão umbilical , já considero - a influência !
No final do segundo tempo , vejo-me " como os nossos pais "...Ou eles , como agente !
Agora , casa vez mais cela é que me vejo acomodadamente insegura . Afinal , quase toda noite tem lua... E eu só arrisco uma espiada da janela.
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