Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Claúdio Marzo
Cláudio Marzo nasceu na cidade de São Paulo. Capital do estado do mesmo nome, em 26 de setembro de 1940, em plena 2ª Guerra Mundial. Sua família era de classe média, mas, por causa da guerra, às vezes faltava açúcar e até café. Seu pai era metalúrgico e a mãe dona de casa. Ainda estava no ginásio, quando se interessou por teatro e começou a trabalhar. Conseguiu pequeninos papéis, no começo apenas como figurante, na Organização Victor Costa, que mais tarde se transformou em TV Globo. Ali faziam o “Tele-drama Três Leões”, onde eram encenadas peças inteiras, embora o estúdio fosse muito exíguo. Já era um rapaz, mas ainda bem jovem, quando a seguir foi pra a TV Tupi de São Paulo, e começou a ganhar papéis bem melhores. Por sua bonita figura, chegou mesmo a ter um crescimento bem rápido na carreira. Procurou estudar por conta própria, fez estudos particulares de francês, por exemplo, pois estava decidido a crescer. Foi para o Teatro Oficina, onde estudou o método Stanislawsky, com Eugenio Kusnet. Recebeu então uma proposta da TV Globo, recém-inaugurada no Rio de Janeiro. Cláudio Marzo considera que aí é que começou realmente sua carreira. Fez as novelas: “Eu compro essa mulher”; “Sheik de Agadir”; “Carinhoso”, com Regina Duarte. Fez então várias novelas com essa atriz, que nessa época se transformou na “Namoradinha do Brasil”. Era também ligado ao teatro e fez: “Dois perdidos numa noite suja”, de Plínio Marcos, tendo viajado por todo o Brasil. Participou na novela “Irmãos Coragem”, de Janete Clair, grande sucesso; e inúmeras outras. Acabou por se afastar temporariamente da TV Globo, tendo ido para a TV Manchete, onde fez a novela: “Pantanal”. Nessa novela fez três papéis, e isso o enche de orgulho, pois nem os próprios diretores acreditavam que ele pudesse fazer, por exemplo, o “Velho do rio”, depois de ter feito o “Zé Leôncio” e o filho dele. Nesse tempo aproveitou bastante a magia do Pantanal, pois sempre foi ligado à natureza. Fez também muitas outras peças de teatro, mas gosta de salientar: “O tiro que mudou a história”, que é a fase da vida do presidente do Brasil, Getulio Vargas, quando ele morre. Essa peça foi encenada no Palácio do Catete, mesmo lugar dos acontecimentos, e o público assistia, a poucos passos dos personagens, uma coisa muito importante. Em cinema também fez sucesso e ganhou prêmios. Entre outros fez: “O homem nu”, que foi grande sucesso de público e bilheteria, filme de seu amigo Hugo Carvana. Voltou novamente à Globo, onde fez, entre outras coisas: “A Indomada”, ao lado de Eva Wilma. Cláudio Marzo foi casado com três mulheres, às quais deu um filho a cada uma. Agora está casado, há 14 anos com Elinéia. Comprou há 27 anos um sitio em Nova Friburgo, estado do Rio, e é lá que passa o melhor tempo de sua vida. Ele se define como um ser humano contemplativo, sonhador, um homem que busca o equilíbrio, a harmonia e o amor.
net.saber
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