Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Thomas Stearns Eliot


Saint-Louis, Missouri, 1888 - Londres, 1965

Poeta, dramaturgo e crítico inglês, mais conhecido por T. S. Eliot. Estuda Filosofia em Harvard e Paris e línguas orientais em Harvard. É professor nesta universidade e no Highgate College de Londres até começar a trabalhar no Lloyd Bank de Londres. Norte-americano de nascimento e de formação, vive desde os vinte e cinco anos em Inglaterra e adopta a nacionalidade britânica. Homem de sólida cultura, dedica a sua vida à literatura e ao ensino universitário.
A trajectória poética de Eliot caracteriza-se por uma constante interrogação pelo destino humano e sobre o absoluto, acompanhada sempre da reflexão teórica. A sua primeira grande obra é The Waste Land, em que há um extraordinário jogo de imagens, de paralelismos e de correspondências. The Waste Land trata os temas da metamorfose, da ambiguidade do signo e da procura, a partir do mito do Graal e da mitologia pagã. Neste poema, como assinala o próprio Eliot, excelente crítico literário, distinguem-se três vozes: a do poeta que fala para si, a do poeta que fala a um auditório e a do poeta que se esforça por criar um personagem dramático.
A evolução de Eliot desemboca na sua obra-prima, os Four Quartets. Nesta obra lírica, procurando a conciliação entre a intemporalidade e a decadência do presente, Eliot estabelece uma ponte entre as duas vivências.
A obra dramática de Eliot é um prolongamento da sua obra poética. As peças mais notáveis são Assassínio na Catedral, The Family Reunion, The Confidencial Clerk, The Cocktail Party.
(...)
"Envelheci . . . envelheci . . .
Andarei com os fundilhos das calças amarrotados.

Repartirei ao meio meus cabelos? Ousarei comer um
pêssego?
Vestirei brancas calças de flanela, e pelas praias andarei.
Ouvi cantar as sereias, umas para as outras.

Não creio que um dia elas cantem para mim.

Vi-as cavalgando rumo ao largo,
A pentear as brancas crinas das ondas que refluem
Quando o vento um claro-escuro abre nas águas.

Tardamos nas câmaras do mar
Junto às ondinas com sua grinalda de algas rubras e castanhas
Até sermos acordados por vozes humanas. E nos afogarmos.

(tradução: Ivan Junqueira)

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