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Estão paralisados, mas não há desespero,
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Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Machu Picchu, A Cidade Perdida dos Incas

Patrimônio da Humanidade, tombado pela Unesco em 1983
e uma das maravilhas do Mundo Moderno,em 2007,
foi descoberta em 1911, pelo professor Hiram Bingham da Universidade de Yale.

Machu Picchu Pode Desaparecer

As ruínas incas de Machu Picchu no Peru, poderão ser destruídas a qualquer momento por deslizamentos de terra. O alerta foi feito pela revista científica "New Scientist".

De acordo com geólogos japoneses que tem monitorado o local, o declive na parte posterior do sítio arqueológico está recuando cerca de 1 cm por mês.

"É bastante rápido. Trata-se de um estágio que antecede a um deslizamento ou a um desabamento", afirmou Kyoji Sassa, do Instituto de Pesquisas sobre a Prevenção de Desastres da Universidade de Kyoto. "Não é possível dizer quando ocorreria o deslizamento, mas esse será o próximo foco de nossa pesquisa."

Os japoneses dizem acreditar que o deslocamento de terra e rochas poderia destruir Machu Picchu totalmente.



Os pesquisadores calculam que poderá haver uma movimentação de terra de até 100 m de profundidade estão procurando um meio de preservar as ruínas, que atraem cerca de mil turistas por dia.

Algumas edificações já foram danificadas por desabamentos. Sassa verificou que pequenos deslizamentos e distorções no solo já causaram danos às antigas estruturas incas.

Ele explicou ainda que os deslizamentos são comuns no local."Vilarejo de áreas montanhosas são construídos usualmente em áreas de deslizamentos. Somente essas áreas podem oferecer água e solo adequado para cultivo e criações.", disse Sassa.

O sítio arqueológico de Machu Picchu situado a 2.500 metros acima do nível do mar, nos Andes peruanos, foi abandonado no século XVI, na época da conquista espanhola, por razões e em circunstâncias ainda ignoradas.

O texto acima foi extraído de agências internacionais e publicado pelo jornal "Folha de São Paulo" em 8 de março de 2001.

Machu Picchu ( Montanha Velha ), por sua incomparável beleza e força espiritual que emana dos remanescentes arqueológicos, é privilegiada por fazer parte de um seleto grupo de monumentos mundiais que milhões de viajantes de cinco continentes sonham em visitar.


Artesã Quéchua

A cidade está encravada na área mais inacessível dos Andes, escondida dentro da floresta tropical e construída com uma localização geográfica privilegiada que combina as montanhas sagradas, água corrente e um alinhamento celestial quase perfeito, especialmente para a passagem do deus sol.

A disposição dos prédios, a excelência do trabalho em pedra e o grande número de terraços para agricultura num local tão inacessível, é impressionante. No meio das montanhas, 2450 metros acima do nível do mar, os templos, as casas, os cemitérios, tudo está distribuído de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias.

Degraus de pedra levam a místicos templos feitos com blocos de granito branco, uns graciosamente montados sobre os outros, sem argamassa, no mais sofisticado estilo da arquitetura inca.


Para alguns pesquisadores, Machu Picchu teria abrigado uma espécie de convento para as Virgens do Deus Sol. Outros dizem que a cidade foi fechada quando o soberano Inca morreu. No entanto, pouco se sabe sobre a sua finalidade e certamente nunca se saberá realmente o que teria levado os antigos habitantes de Machu Picchu a abandonarem sua cidade.

O certo é que, com todos os mistérios que ainda cercam essas construções, não há dúvida de que Machupicchu foi uma cidade meticulosamente idealizada, que representou um centro geográfico sagrado para os incas e que hoje é considerada uma das obras primas da engenhosidade do homem.
O Descobrimento

Considera-se que quem fez o descobrimento científico de Machu Picchu foi Hiram Bingham, historiador norte americano, filho de missionários, que nasceu em 1875 em Honolulu no Hawaii.

Bingham empreendeu diversas expedições pela América do Sul no início do século XX sendo que em 1909 esteve no Peru pela primeira vez. Nesta época existiam muitas histórias acerca da existência de tesouros dos Incas que segundo a tradição haviam sido levados por Manco Inca para uma cidade chamada Vilcabamba durante sua fuga dos invasores espanhóis. Essas histórias motivaram Bingham a pesquisar em velhos arquivos espanhóis do século XVI.

Bingham estava certo quando afirmou que o nome da cidade na época do Império Inca era Tamputocco, o local de nascimento de Manco Capac e foi Bingham quem revelou Machupicchu para o mundo. Antes dele outros já haviam estado pelas ruínas da eterna cidade, mas sem o interesse histórico e científico com que Bingham explorou o local.

A Primeira Machu Picchu

Hiram Bingham chegou a uma conclusão muito importante no seu livro sobre Machu Picchu.
Segundo ele, a identificação do que Machu Picchu era em seus últimos anos diz pouco ou quase nada sobre a sua origem. Enquanto muitos de seus edifícios foram indubitavelmente construídos durante o Império Inca para acomodar as "Mulheres Escolhidas", os templos e palácios, por serem demasiadamente trabalhados, não foram construídos nesta mesma época. Estas finas construções, feitas com blocos de granito branco cuidadosamente polidos, antecedem em séculos os últimos anos do Império Inca. São portanto muito mais antigos que todo o restante da cidade. Além disso, diz Bingham, não parece muito sensato que a construção da cidadela de Machu Picchu teve por objetivo proteger Cuzco das invasões dos selvagens que viriam da floresta Amazônica.
Faz pouco sentido pensar que os Incas tenham realizado um trabalho monumental construindo uma cidade nas montanhas apenas para esta finalidade. Os selvagens da floresta tinham somente armas rústicas, porretes, e arco e flechas. Não era necessário construir uma grande cidadela com grandes muros para impedi-los de passar. Chega a ser insensato acreditar que os magníficos templos feitos de granito branco em Machu Picchu tenham sidos construídos como defesa contra índios selvagens vindos da Amazônia. Considerando ainda que Machu Picchu contém templos para o sol, a lua, e todo o panteão da mitologia Inca e também considerando a elaborada característica de suas estruturas, pode-se dizer com certeza que Machu Picchu era um lugar altamente venerado. Um grande Santuário.

Templos Encobertos

Além de duas esculturas que podem ser facilmente comprovadas em Machu Picchu existem outras que foram parcial ou totalmente destruídas ou ainda encobertas. Do lado direito da Praça Principal vemos uma escultura gigante que foi totalmente destruída. Um pouco mais abaixo, nas escadarias que levam do Grupo das Três Portas vemos outra escultura gigante que faz parte de um complexo maior e que está quase totalmente encoberto. E deveriam existir várias outras nas laterais da cidade que desabaram ou ainda foram destruídas pela segunda ocupação de Machu Picchu.Ao considerarmos essas estruturas deduzimos que a cidade original não era como hoje a conhecemos.

A Primeira Machu Picchu não era uma fortaleza como é vista atualmente. A Primeira Machu Picchu possivelmente era formada apenas por templos de granito branco polido, escadarias e grandes esculturas por todos os lados, nas laterais dos abismos e nas praças principais. Não havia as construções em pirka (paredes rústicas feitas com pedras ásperas talhadas e acomodadas sem muito cuidado. Os espaços vazios entre as pedras são preenchidos com pedras menores e barro.) Este tipo de parede era usado principalmente para a construção das terrazas e casas para o povo comum.que atualmente formam a maior parte das construções da cidade.Posteriormente houve uma segunda ocupação de Machu Picchu onde as esculturas e os templos originais feitos todos em granito branco polido, no que hoje é conhecido como Arquitetura Inca Imperial, foram destruídos ou encobertos para servirem de base à novas construções em pirka.

Mas quem teria destruído e encoberto essas esculturas originais de Machu Picchu e por quê ? A maioria dos historiadores modernos acredita que Machu Picchu foi construída pelo Inka Pachacuti (ou Pachakuteq) que teria governado justamente o início do Império Inca de 1438 a 1471. Pachacuti teria sido um grande líder. Para alguns o maior líder que os povos andinos já produziram.

Outra teoria bem aceita considera que os Incas tinham uma concepção cíclica, e portanto, não linear, da história, do espaço e do tempo. Eles alteravam o passado a cada novo início ou nova mudança no poder. Algo que chamavam de pachakuti, ou reviravolta do tempo e do espaço. Os fatos do passado eram contados de forma diferente com o objetivo de favorecer a imagem do novo governante. O mundo então era transformado para que desse início à uma nova era.Acredito portanto que o reinado do Inka Pachacuti marca o início de uma nova era em Machu Picchu. Não a construção da cidade, e sim, a sua transformação na fortaleza que conhecemos atualmente. A ruptura com os ícones do passado e o inicio de um novo ciclo.Pachacuti então mandou destruir algumas esculturas, encobriu outras e deu início à era de expansão do que viria a ser conhecido como Império Inca..

Hoje em dia o encobrimento do que foi realmente encontrado na exploração de 1912 se perpetua quando a National Geographic e a Universidade de Yale relutam em tornar público as fotografias e os objetos retirados de Machu Picchu de 1911 a 1915. Apenas algumas fotos e poucos objetos previamente selecionados são mostrados. O governo peruano constantemente faz o pedido de devolução dos objetos levados por Bingham e sua equipe do Peru, mas a Universidade de Yale se recusa a devolvê-los.

A importância de uma descoberta não se mede somente por ela mesma, mas principalmente pelos novos rumos de pesquisa que ela proporciona e pelas novas descobertas que dela advirão.

Mesmo diante de todas essas informações estamos conscientes de que qualquer tentativa de explicar o que está por trás do encantamento do Caminho Inca e de Machu Picchu será em vão. Beleza, mistério e magia não podem ser explicados, é preciso vivenciar e tirar as próprias conclusões.


Caminho Inca
Fontes:





Imagens:

Google Imagem


Machu Picchu La Ciudad Perdida de Los Incas

2 comentários:

socorro moreira disse...

Essa história tem encantamento.
Tudo que se refere à Machu Picchu acho interessante. Obrigada pela riqueza de informações. Pra quem não conhece, a viagem se fez !

Um abraço de boa noite, Corujinha.

Corujinha Baiana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.