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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Romaria ao Caldeirão do beato José Lourenço será no domingo


Pelo décimo ano consecutivo, será realizada a Romaria ao Caldeirão do beato José Lourenço. A expectativa é da participação de duas mil pessoas. O evento marca o movimento messiânico que ocorreu no Crato
O marco é um fato histórico. A cada setembro, a comunidade relembra o primeiro massacre na região do Caldeirão. Reunida, grande parte da gente parte em romaria todo ano para reavivar a memória e os ensinamentos do beato José Lourenço, líder do povoado. Neste ano, o percurso será realizado no próximo domingo, 20. A comunidade do Caldeirão é localizada no distrito de Mont-Alverne, no Crato, na Região do Cariri.

Na capela da comunidade, a celebração começa às 7h30min. A comunidade do Faustino, do distrito de Ponta da Serra, também no Crato, está se organizando para fazer um percurso de oito quilômetros a pé. Participa da organização da romaria a Diocese do Crato.

Conhecido como o Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, o movimento messiânico surgiu em 1926, na cidade do Crato e era liderado pelo beato José Lourenço. Em setembro de 1936, a fazenda onde era instalada a comunidade foi invadida. Mas só em maio de 1937,quando houve o grande massacre, ela foi destruída.

Organização
O padre Vileci Basílio Vidal, que coordena o cortejo em direção ao Caldeirão, explica que o beato ainda é lição hoje em dia, quando são relembradas as práticas de convivência comunitária e organizada. ``A figura do beato agrega valores de igualdade e de liberdade. No Caldeirão, nada era de ninguém e tudo era de todos``, destaca padre Vileci.

Antes da romaria, é realizado o Fórum Araripense de Combate à Desertificação, que começa hoje, 18, e segue até domingo. O tema principal deste ano é ``Vida e cidadania no semiárido``, adianta o padre. No domingo, haverá apresentações culturais, que são iniciativas das comunidades participantes. Um grupo de vaqueiros protagoniza o canto do aboio. Para completar o resgate da memória, ocorrerá uma homenagem ao poeta popular Patativa do Assaré, que morreu há sete anos. O ano de 2009 marca o centenário do nascimento de Patativa.

A expectativa, segundo o padre Vileci, é de que de 1.500 a duas mil pessoas participem neste ano da romaria. ``O Caldeirão é destaque pela sua capacidade de produção e de organização. Isso nos dá força para fazer uma discussão da convivência com o semiárido em uma produção alternativa do campo, em que a gente vai dando força também à organização dos movimentos sociais na luta dos trabalhadores``, analisa.

O padre lembra que o beato José Lourenço era afilhado do Padre Cícero. Toda orientação que o beato dava à comunidade era oferecida também pelo padre, tido como santo popular. Depois que Padre Cícero morreu, em 1934, o Caldeirão resiste só por dois anos. (Colaborou Amaury Alencar)
> Nos anos 1920, o beato José Lourenço passou a viver com cerca de 500 pessoas no local batizado de Caldeirão. Viviam em um sistema de mutirão.

Saiba mais
> O Governo acusava de ser uma experiência comunista. Começou a perseguição.

> A primeira expedição para destruir a comunidade ocorreu em 11/9/1936.

> A segunda, em 11/5/1937, destruiu o Caldeirão.

FONTE: Banco de Dados do O POVO

3 comentários:

socorro moreira disse...

Bom dia, Armando !

Coisa boa é saber das histórias .

Menino , você ganhou o livro ? Fiquei frustada.

Armando Rafael disse...

Também não ganhei, Socorro.
Fui informado que "O Cariri" é vendido na Fundação Waldemar de Alcântara, em Fortaleza, a R$ 10,00.
Vou tentar conseguir nossos exemplares...

SOS DIREITOS HUMANOS disse...

DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...



"As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
têm direito inalienável à Verdade, Memória,
História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado



No CEARÁ, para quem não sabe, houve também um crime idêntico ao do “Araguaia”, contudo em piores proporções, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará no ano de 1937, contra a comunidade de camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, que tinha como líder religioso o beato JOSÉ LOURENÇO, seguidor do padre Cícero Romão Batista.


O CRIME DE LESA HUMANIDADE

A ação criminosa deu-se inicialmente através de bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como se ao mesmo tempo, fossem juízes e algozes.


A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS

Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará foi de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO / CRIME CONTRA A HUMANIDADE é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira bem como pelos Acordos e Convenções internacionais, e por isso a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - Ceará, ajuizou no ano de 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que: a) seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) sejam os restos mortais exumados e identificados através de DNA e enterrados com dignidade, c) os documentos do massacre sejam liberados para o público e o crime seja incluído nos livros de história, d) os descendentes das vítimas e sobreviventes sejam indenizados no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos


A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO

A Ação Civil Pública inicialmente foi distribuída para o MM. Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, redistribuída para a 16ª Vara Federal na cidade de Juazeiro do Norte/CE, e lá chegando, foi extinta sem julgamento do mérito em 16.09.2009.


AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5

A SOS DIREITOS HUMANOS inconformada com a decisão do magistrado da 16ª Vara de Juazeiro do Norte/CE, apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife, com os seguintes argumentos: a) não há prescrição porque o massacre do Sítio Caldeirão, é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos das vítimas do Sítio Caldeirão não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do Czar Romanov, que foi morta no ano de 1918 e encontrada nos anos de 1991 e 2007;


A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA

A SOS DIREITOS HUMANOS, a exemplo dos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, por violação dos direitos humanos perpetrado contra a comunidade do Sítio Caldeirão.


PROJETO CORRENTE DO BEM

A SOS DIREITOS HUMANOS pede que todo aquele que se solidarizar com esta luta que repasse esta notícia para o próximo internauta bem como, para seu representante na Câmara municipal, Assembléia Legislativa, Câmara e Senado Federal, solicitando dos mesmos um pronunciamento exigindo ao Governo Federal que informe a localização da COVA COLETIVA das vítimas do Sítio Caldeirão.


PAZ E SOLIDARIEDADE,


Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197 – 8719.8794
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br