Tentaste tirar-me
até a Poesia -
o bem valioso
mais que o Vazio.
Falhaste por julgar meu mestre morto.
Precisou apenas inquietude minha
para que a ponte refeita
a margem cuidada
e o rio retornasse
ao seu curso natural.
A maçã é minha,
mordo-a como desejo -
prazerosamente,
dentadas barulhentas.
Não me digas que é pecado
saborear a carne da primavera
deixando rastros com os dentes.
Conquisto as benditas flores da planície
quando pisco no máximo três vezes -
as hastes curvam-se,
as pétalas voam.
3 comentários:
Domingos,
A Poesia é tua.
Palavras primaveris, sem o pecado da maçã.
Deixas no tempo e na vida tuas marcas, teus rastros.
Neles estão as flores e as hastes da planície.
Estão você e a Poesia.
Abraço,
Claude
A poesia te merece !
Um dia nos sentaremos juntos
e a Poesia ainda mais presente estará.
Abraços carinhosos -
Claude, Socorro.
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