Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Respostas ao desafio (Garimpando versos)- Foto de Claude Bloc


Rua Tranquila, casas de portas e janelas,

abrigando muitas histórias insondáveis

de quem moram nelas.


Maria Amélia Castro


Tenho memória fotográfica .
Sinto saudades dos buracos,
e das sombras das árvores
Sinto a solidão das minhas mãos
nas andanças solitárias
Antigas ccompanhias criaram asas
voaram da rua, e de mim
Mas a rua permanece

tem a mesma posição
quando a confiro com o céu.
Não consigo andar distraída...
Meu olhar rebusca , e pressente
as almas das muriçocas,
de vidas tão rejeitadas e breves
Cadê a moça da janela ?
Cadê o assobio do leiteiro?
O grito do verdureiro?
Tudo gravado , nos ares,
que eu ainda respiro.
Rua , ruas,
És as nossas passarelas !


Socorro Moreira


Eu sinto paz ao observar essa rua tranquila,

à noite, sabendo que em cada casa ,

moram pessoas que sonham,amam,

desamam,riem,choram...
Enfim , vivem histórias diferentes.
Percebo também calmaria,sossego.
Dá vontade de puxar uma cadeira, e

sentar numa daquelas calçadas.

Liduina Belchior Vilar.

A noite profunda, nas ruas de pedras,
entrecortadas de ventos uivantes e,

vêzes por outras,por longos e

sonoros apitos, de um vigilante sonolento.
E seus moradores, antes barulhentos,

dormem e sonham ,
seus amores e ansiedades...


Heládio Teles

É madrugada ...
Na rua deserta
e mal iluminada
o silêncio.
“Lady Godiva” caminha.

No interior das casas
na escuridão
a cumplicidade dorme.

Mas por uma fresta da janela
O desejo espia.


Corujinha Baiana


"As almas das muriçocas"
Desfilam nas passarelas
E na calada da noite
Vem o cicio das querelas
O vento do Aracati
Passa todo dia ali
Invadindo as janelas

Ulisses Germano

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