que sábado massa
de alfenim quente
entre os dentes
um suspiro -
meu filho
no playstation
minha mãe na canção nova
meu diabinho resmungando
meu anjinho fazendo a unha
lá fora um sol tomando a calçada
as árvores mostrando as saias
que sábado perfeito
de bila no buraco
sem tremer o queixo
sem arroubos
um sábado encantado
de achar dinheiro
no armazém da esquina
em seguida
ganhar aquela musa
com suas coxas grossas
com suas meias jazz
chupar um picolé de morango
sujar as mãos, lamber os dedos
sonhar sem fim
até o fim dos sonhos
acordar assustado
supondo mijo na cama
mas são sonhos
sonhar sem fim
até o fim dos sonhos
um dia eu entro
no meu coração
faço sala
rejeito beber sozinho
um cafezinho quente
espero a outra metade
uma fábula
tenho quarenta e quatro
como está minha próstata?
Nenhum comentário:
Postar um comentário