O status social que atribui ao indivíduo uma condição de distinção, prestígio ou situação de hierarquia em meio a um grupo de pessoas, sempre foi objeto de ambição do sonho humano.
Essa questão torna-se saudável quando o usufruto dela gera no indivíduo comportamento altivo onde a posição atingida venha a produzir ações respeitosas e produtivas cujo resultado satisfaça aos anseios de todos.
Essa questão torna-se saudável quando o usufruto dela gera no indivíduo comportamento altivo onde a posição atingida venha a produzir ações respeitosas e produtivas cujo resultado satisfaça aos anseios de todos.
Para tanto o homem precisa conhecer seus limites a fim de que possa controlar os impulsos do ego evitando tornar-se uma referência de pura vaidade. E isso é necessário para que seja evitado o estado do abuso, do ridículo e do constrangimento tão comuns nas pessoas de personalidades inseguras.
Somos mais felizes quando convivemos em um grupo de pessoas onde temos, de forma igualitária, poder de opinião e participação. Onde também temos condição de bancar os custos e as consequências dessa convivência.
Desconhecendo essa lógica, muitos se arvoram em se projetar em determinados circuitos fechados da sociedade aonde, para tanto, chegam ao estado da humilhação exacerbada a fim de serem aceitos.
A essas pessoas a coletividade, numa atitude um tanto desprezível e humorada, tem atribuído o nome patético, ridículo e risível de papagaio!
E tem papagaio para tudo que é condição social.
Um deles é o papagaio político que, numa ânsia de projetar-se entre os poderosos, faz de tudo para estar sempre aos seus lados, principalmente nos clichês fotográficos. Nos palanques das solenidades públicas, a figura proeminente, sempre atrás da autoridade maior, é a dele.
Papagaios de cinema... São aqueles que, nas salas de projeções, estão sempre a dizer, em voz alta, piadas medíocres a fim de chamarem atenção para si.
Papagaios fúnebres... Esses, com o intuito de fazerem uma média com a família do falecido (Os políticos são mestres nisso), não perdem uma cerimônia de enterro. Muitos chegam até a discursar e a chorar, copiosamente!
Papagaio de reunião... Seus apartes são tantos que atrapalham e irritam qualquer orador que esteja falando no momento da solenidade. Com essa postura ele visa tornar-se o centro das tensões deixando o discursador em segundo plano.
Papagaio de TV... Basta uma câmera ligada que ele se posiciona automaticamente ao lado do entrevistado.
Mas, o limite do ridículo, fica mesmo como o Papagaio Social. Na busca desesperada da elevação de seu status, ele não pode ouvir um “click” de uma máquina fotográfica que rapidamente se posiciona ao lado dos famosos e donos das festas com o intuito de aparecer nas colunas sociais. Enlouquece quando não é convidado para um evento repleto de personalidades, mas, com ou sem convite, está sempre presente em todas as festas da alta sociedade. Temendo o ostracismo, chega até a pagar matérias em revistas e jornais para que todos vejam sua imagem em evidência marcando presença nos ritos sociais. Nesses enfoques, em sincronia com o brilho excessivo de seus olhos, destaca-se o seu sorriso, sempre mais aberto do que o da personalidade posicionada ao seu lado. Para bancar essas suas investidas, ele chega a dever a agiotas, a passar necessidades em casa, a estourar os limites de seus cartões de créditos e cheques especiais, pois, o importante, é estar chique, é ser chique e viver sempre chique!
Nada contra o estilo de vida de cada pessoa, mas um ditado popular sinaliza para que sejamos apenas aquilo que na realidade somos e não aquele sujeito caricato vítima da gozação, do burlesco e do escárnio dos outros.
Cada macaco no seu galho!
Roberto Jamacaru
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