Com estas mãos
que desejo tua alma.
Distante do meu corpo
teu perfume.
Some do meu arrebatamento
tua melancolia contida.
Sou duro, um tronco,
uma noite sem dormir.
Não me procures nos sonhos.
Não tentes me ver na pracinha.
Perdi aquela vida antiga
feita de licores e azedumes.
Logo vem o crepúsculo
e já engomo o terno escuro.
Não me entendas em outra cidade.
Terás de abraçar minha alma
sentindo meu choro e o aperto do peito.
Mas te aviso (e te aviso constantemente)
sou duro, um tronco, uma colher de sopa.
2 comentários:
Fim de tarde
boca da noite
domingo sem reza
inquieta
na paz que a reza traz
nostalgia
penso em ninguém
entro e saio
e acho um poema
que a tarde ofereceu ao povo
escondido
na mesma tristeza.
Não procuro mais
Acho por acaso,
e não reconheço...
Mas o riso de Sofia
tem a inocência
de quem não viveu.
Sacerdotisa,
sinto teu poema
de um sopro só,
um só olhar. Lindo.
Carinhoso abraço.
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