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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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domingo, 1 de agosto de 2010

Arlindo Marques Júnior- Por Norma Hauer


No dia 1 de agosto de 1913 ele nasceu aqui no Rio de Janeiro, recebendo o nome de ARLINDO MARQUES JÚNIOR.
Estudou no Colégio Pedro II, ingressou no Curso de Direito, desistiu e passou a trabalhar no jornalismo.
Como jornalista, trabalhou em vários jornais da imprensa carioca, entre eles, "Última Hora", "Radical" e "A Gazeta". Escreveu várias "revistas" para Derci Gonçalves, Alda Garrido e Walter Pinto. Foi um dos fundadores da Sbacem, cuja primeira diretoria integrou e da qual se desligou anos depois para ingressar na UBC.

Estreou como compositor com a valsa "Nossa padroeira", parceria com Zequinha de Abreu gravada na Columbia por Zezé Lara. Em 1932, Murilo Caldas gravou na Columbia sua marcha "Sobe no bonde". No mesmo ano, fez a letra para a valsa "Amando sobre o mar", de Zequinha de Abre.

Formou com Roberto Roberti uma das mais famosas parcerias de sambas e marchas carnavalescas. Em 1935, lançou com Roberti a marcha "Foi numa noite assim" e o samba "Queixas de colombina" gravados por Carmen Miranda em sua estréia na Odeon.
No ano seguinte, teve mais duas de suas parcerias com Roberto Roberti gravadas: as marchas "Colombina moderna", por Almirante e "Você é crente", por Mário Reis, ambas na Odeon. Ainda em 1936, mais quatro composições com o mesmo parceiro foram gravadas por Carmen Miranda na Odeon: as marchas "Nova descoberta" e "Não fui eu" e os sambas "Deixa esse povo falar" e "Capelinha do coração".

Mas seu primeiro grande sucesso, deu-se na voz de Orlando Silva: o samba “Abre a Janela”.

Em 1938 a marcha "Ali Babá", gravada por Odete Amaral na Victor também fez sucesso e, no ano seguinte, novo êxito com "O homem sem mulher não vale nada", também gravado por Orlando Silva na Victor
No mesmo ano, compôs com Gadé a valsa "Estrada do passado", gravada por Dircinha Batista e Castro Barbosa na Columbia e, com Roberto Roberti, o samba "Música maestro", gravado por Dircinha Batista na Odeon.

"Encontrei minha amada”, gravada por Orlando Silva no mesmo ano, foi uma resposta a “O Homem Sem Mulher Não Vale Nada”.

Com "Se a Orgia se Acabar", também da dupla,ocorreu algo referente ao antigo DIP.
Orlando gravou esse samba exatamente com esse nome, onde aparece a palavra "orgia".
Pois bem, após essa gravação, que marcou sucesso, o famigerado DIP resolveu que a palavra "orgia" era imoral, por representar vadiagem. Tal palavra foi proibida. Que fizeram os compositores: mudaram o nome para "Fui Traído" e Carlos Galhardo a gravou, no qual a frase final da 1ª estrofe foi transformada de:

"mas eu choro se a orgia se acabar" para
"mas vou chorar se o samba se acabar."

"Grande" DIP, importar-se com mesquinharias. Mas naquele tempo era assim.

Arlindo Marques Júnior faleceu em 4 de junho de 1968, sem completar 55 anos, enquanto seu parceiro Roberto Roberti viveu 89 anos.

Norma

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