A Praça Siqueira Campos tem para mim um significado muito especial, pois foi o local onde teve inicio o meu namoro com Carlos. Naquela época, já era uma linda praça, florida e arborizada e, foi o ponto de encontro inicial de muitos casais de namorados. Lá pelo final dos anos sessenta, no dia 19 de janeiro de 1969, ano em que o homem foi a Lua, é que ocorreu um desses encontros: o meu com Carlos. Por causa da nossa timidez este encontro demorou muito a acontecer, embora já estivéssemos totalmente apaixonados. Naquela época, as mulheres não podiam tomar a iniciativa; isto ficava por conta dos homens. Era nessa praça que rapazes e moças se reuniam para se divertir e flertar. As moças ficavam volteando em torno da praça e os rapazes em pé no meio-fio da calçada a lançar olhares de interesse e admiração, que depois se transformariam em namoro. Foi o que aconteceu comigo e Carlos e outros casais. Cada vez que eu passava por ele e os nossos olhares se encontravam, a emoção tomava conta de mim, a ponto de ficar de mãos geladas, lábios trêmulos e um friozinho na barriga. Eu ficava com esperança de que na próxima volta Carlos criasse coragem e se aproximasse de mim. No entanto, ele parecia ter criado raízes naquele local da praça, de frente para o Cine Cassino. Ficava ali, conversando com os amigos. Meu maior medo é que chegasse o final das férias e ele tivesse que voltar para Salvador, a fim de continuar o curso de engenharia, e assim, o início do nosso namoro ficar adiado para as próximas férias. Mas a vontade de Deus era que esse encontro acontecesse para que no futuro construíssemos um lar feliz, alicerçado nesse grande amor. Foi aí que apareceu Pedro Esmeraldo, irmão de Carlos, para dar uma mãozinha, pois percebendo o que estava ocorrendo, entendeu que ele temia receber um não, e lhe disse que eu estava interessada em namorá-lo. Então Carlos convidou Pedrinho para tomarem uma cerveja e criar coragem. Essa atitude surtiu efeito, pois quando eu desci a calçada da praça em direção à Rua Senador Pompeu, a caminho de casa, quase sem esperança, ele me acompanhou, puxou conversa e o namoro começou aí.
Conheci Carlos quando tinha treze anos, embora ele já me conhecesse desde criança quando ia tratar dos dentes com o meu pai. Fui apresentada a ele por Rosineide, sua sobrinha e minha colega, que dias depois foi a portadora de um recado de Carlos perguntando se eu desejava namorá-lo. Eu disse que não dava certo. Embora ele tenha ficado chateado, foi bom porque ele ia estudar fora e nós éramos ainda muito jovens. Essa minha recusa fez com que seis anos depois, ele ficasse com receio de receber um não e por isso demorou tanto a iniciar o namoro. Só que eu já era adulta e queria dar o sim. Foram quatro anos de namoro, e agora temos 36 anos de um relacionamento de muita harmonia, muito amor, diálogo e com as bênçãos de Deus construímos um lar feliz.
A vida a dois é um aprendizado, é doação, entrega, perdão, aceitar o outro com defeitos e qualidades, é amar. É desejar antes de tudo, fazer a felicidade do outro.
Para que o amor cresça deve ser regado como uma plantinha, que precisa de sol e água. Assim é o amor: precisa de carinho, compreensão pequenas atenções, valorização do outro, respeito etc...
Agradeço a Deus por ter colocado Carlos na minha vida e também por ter nos ter presenteado com três filhos e três noras maravilhosos e nossos netinhos Gabriel e Vitória. Ainda continuamos eternos namorados. E a Praça Siqueira Campos ficará sempre na nossa lembrança, como uma boa recordação do inicio do nosso amor.
Por Magali de Figueiredo Esmeraldo
Conheci Carlos quando tinha treze anos, embora ele já me conhecesse desde criança quando ia tratar dos dentes com o meu pai. Fui apresentada a ele por Rosineide, sua sobrinha e minha colega, que dias depois foi a portadora de um recado de Carlos perguntando se eu desejava namorá-lo. Eu disse que não dava certo. Embora ele tenha ficado chateado, foi bom porque ele ia estudar fora e nós éramos ainda muito jovens. Essa minha recusa fez com que seis anos depois, ele ficasse com receio de receber um não e por isso demorou tanto a iniciar o namoro. Só que eu já era adulta e queria dar o sim. Foram quatro anos de namoro, e agora temos 36 anos de um relacionamento de muita harmonia, muito amor, diálogo e com as bênçãos de Deus construímos um lar feliz.
A vida a dois é um aprendizado, é doação, entrega, perdão, aceitar o outro com defeitos e qualidades, é amar. É desejar antes de tudo, fazer a felicidade do outro.
Para que o amor cresça deve ser regado como uma plantinha, que precisa de sol e água. Assim é o amor: precisa de carinho, compreensão pequenas atenções, valorização do outro, respeito etc...
Agradeço a Deus por ter colocado Carlos na minha vida e também por ter nos ter presenteado com três filhos e três noras maravilhosos e nossos netinhos Gabriel e Vitória. Ainda continuamos eternos namorados. E a Praça Siqueira Campos ficará sempre na nossa lembrança, como uma boa recordação do inicio do nosso amor.
Por Magali de Figueiredo Esmeraldo
6 comentários:
Magali e Carlos é um testemunho de que o amor pode dar certo.
Sou muito feliz com esse resultado de vocês.
Abraços.
Gosto muito das histórias de amor. Da sua, notadamente !
Magali,
A praça Siqueira Campos de antigamente foi palco de muitos amores como este seu e de Carlos Eduardo. Tanto que gerou um livro no qual Eleonora e Diana, suas primas,assim como muitas "moçoilas" do Crato que viveram essa época de puro romantismo, tiveram a oportunidade de contar sua versão da história.
Foi uma iniciativa muito interessante que pode gerar outras tantas idéias de publicação.
O próximo passo será uma antologia com as Bandeirantes dessa época. Estou, juntamente com Vera Lúcia e Ismênia Maia, começando os contatos. Lançamento previsto para Julho de 2010...
Abraço,
Feliz por você e Carlos Eduardo, por esse amor eterno.
Claude
Claude e Socorro,
Obrigada, num mundo de violência e desamor fico feliz que possamos testemunhar que nem tudo está perdido. Já estamos com o livro " Anos Dourados, Praça Siqueira Campos". Recebemos um ofertado por João Marni e dois por Diana, enviamos um para Glória e o outro vamos dar para o meu irmão Luís Alberto.
Claude, ótimo que você, Ismênia e Vera Lúcia vão nos trazer mais recordações.
Abraços
Magali
Magali e Carlos,
Excelente o registro. Acho ótimo quando vejo amigos da infância levando uma vida bem ajustada. Geralmente, casais equilibrados são recompensados com filhos que lhes dão orgulho. Vcs, como eu, já estão na fase dos netos. Que a felicidade se prolongue através deles. Vocês merecem. Parabéns. Joaquim Pinheiro
Oi Joaquim,
Obrigada pelas suas palavras. Leio sempre seus
artigos que são muito bons. Que bom que estamos reencontrando os velhos amigos.
Abraços
Magali
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