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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Confissão - Por Nilo Sérgio Monteiro




CONFISSÃO



Eu te confesso que andei perdido
Dando voltas em torno de mim e do meu passado.
Olho para ti figura dos meus sonhos e da minha insônia
E busco no presente imagens borradas pelo tempo.
Eu confesso que não fui feliz. E tu, foste feliz?
Olho nos teus doces olhos que me trazem de volta
Aquele momento de insensatez quando disse:
...Não sei o que sinto por ti...
Jovem demais pra lidar com sentimentos, sufocado demais
Em tua beleza, em tua pureza, em teu amor.
Não te perdi, eu me perdi! E te vi com outro... e quis te deter.
Tarde demais! O bilhete que escrevi implorava: fica!
O bilhete em cima da mesa escrito a lápis com letras nervosas,
E enquanto lia mil vezes o que escrevi...

Aflitas palavras... “Vem, foge comigo ainda hoje”!
Minha irmã, me olhava com sorriso cúmplice...
Braços cruzados, encostada a porta aguardava.
Mensageira a espera, um bilhete de um pobre menino
Apaixonado, indeciso e perdido pedindo perdão.
Rasguei-o num ímpeto...decretei então minha sina.
Muitas mulheres passaram na minha vida e se foram.
Nenhuma delas deixou tantas marcas.
Caminhamos por estradas diferentes, trilhos, paralelas.
Onde andavas? Noticias esparsa. Será feliz? Como estará vivendo?
Mas a vida dá voltas de arrepiar e nos colocou frente à frente
Com o passado, o presente e a interrogação do futuro.
E ao nos olharmos descobrimos relutantes a princípio,
Que o ciclo nunca se fechou. A nossa história nunca teve um fim.
Redescobrimos a ternura, a paixão e o amor que nunca morreu.
Descobri que nunca fui feliz sem tua presença amiga...
Apenas sobrevivi pra te reencontrar, para viver e ser feliz!


Nilo Sérgio Monteiro

5 comentários:

socorro moreira disse...

A história de vida começa com uma "confissão" e não termina com o final feliz... Uma história de amor não finda !

Abraços, meu amigo apaixonado !

Zélia Moreira disse...

Nilo,
Antes de tudo, obrigada pelo comentário lá na minha postagem.
Essa semana vi o filme:" O amor em tempos de cólera. Tinha lido anteriormente o livro.
Sabe o que percebo depois de ler seu texto?
Qualquer semelhança entre Florentino Ariza e Nilo Sérgio, não é mera coincidência.(?)
Seja feliz meu amigo!
Abraços!

Nilo Sergio Monteiro disse...

Zélia, essa me pegou! Fio lisongeado mas vc tem o peso de sua leveza de SER. Em qual balança peso ? Só a do meu coração. Vc é indipensável...assim como o ar.
Brinde-nos sempre com seus textos.

Edilma disse...

Este coração é de uma imensidão sem tamanho para abrigar tantos amores e não possuir nenhum..
Se apaixona a cada encontro..
E revive novamente...
Espero que encontre o amor que será a sua companhia na sua caminhada final..
Seja feliz meu amigo !

Nilo Sergio Monteiro disse...

Edilma,

Esse meu coração é um rio de águas profundas e cristalinas sem fim. Ele abriga em suas águas o AMOR incondicional por todos os meus amigos e amigas que são veias abertas em meu coração. Não deixo morrer porque são minha vida. E por outro lado o AMOR que se renova a cada encontro , como vc diz, mas só aqueles que trazem a marca do eterno, do que não passa, do que vivo está como marcas de tatuagem gravadas para sempre. Vcs todas estão eternamente tauadas em minah emnte e coração.

um beijo no seu coração,
nilo Sérgio