Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Francis Bacon

Francis Bacon (autoretrato)

Mulher sentada


Study - 1953


Francis Bacon (28 de Outubro de 1909 – 28 de Abril de 1992) foi um pintor anglo-irlandês de pintura figurativa. Foi descendente colateral de Francis Bacon, filósofo do Período Elisabetano. Seu trabalho é mais conhecido como audaz, austero, e freqüentemente grotesco ou imagem de pesadelo.
Retornando a Irlanda após a Primeira Guerra Mundial. Bacon foi enviado para viver um tempo com sua avó maternal, Winifred Supple, e seu marido Keery, em Farmleigh, Abbeyleix, Condado de Laois. Eddy Bacon depois comprou Farmleigh de sua sogra, até seu filho se mudar novamente para Straffan Lodge, Naas, Condado de Kildade, o lugar onde seus pais nasceram. Embora Francis tenha sido uma criança tímida, ele adorava se vestir bem. Isso, junto com sua maneira afeminada, freqüentemente enfurecia seu pai, o fez se criar uma distância entre dois. Em 1924 seus pais se mudaram para Gloucestershire, primeira para Prescott House em Gotherington, depois para Linton Hall, situado próximo a Herefordshire. Francis gastou dezoito meses na Dean Close School, Cheltenham, de 1924 a 1926. Isso foi sua única experiência com educação formal de pintura, pois ele saiu semanas depois.

Em uma festa a fantasia na quinta casa da família em Cavendish Hall, Suffok, Francis se fantasiou de Flapper as roupas próprias, batom, salto alto e um cigarro longo.

Em 1926 sua família voltou para a Irlanda, em Stranffan Lodge. Sua irmã, Ianthe recordou que Bacon fez desenhos de mulheres com chapéus Clochês e longos cigarros. Após esse ano, Francis foi banido de Straffan Lodge seguindo um incidente em que seu pai o viu se admirando em frente ao espelho usando as roupas de baixo de sua mãe.

Este artista irlandês de nascimento, tratou com uma extraordinária complacência alguns temas que continuam a chocar a nossa vida em grupo.

As fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina ligada à tensão homoerótica, as práticas de dissecação forense, a atracção pela representação do corpo (um especial fascínio pelos fluidos naturais, sangue, bílis, urina, esperma, etc.) e, no geral, com tudo o que está diretamente ligado à transgressão seja relacionada com o sexo, a religião (são paradigmáticos os seus retratos do Papa Inocêncio X que efetuou a partir da obra de Diego Velázquez) ou qualquer tabu, foram as peças com as quais Bacon construiu a sua visão “modernista” do mundo.

Sofria de asma. Esta debilidade irritava seu pai, um homem rude e violento, que o costumava chicotear para o “fazer homem”. Devido a isto Bacon criou um comportamento de oposição a seu pai. Uma infância difícil, que sempre o influenciou na sua arte e lhe inspirou um certo desdém por essa Irlanda de sua infância, tal como Oscar Wilde e James Joyce.

A sua primeira exposição individual na Lefevre Gallery, em 1945, provocou um choque e não foi bem recebida. Toda a gente estava farta de guerra e de horrores, só se falava da “construção da paz” e as imagens de entranhas dos quadros de Bacon, com os seus tons sanguíneos, provocaram mais repulsa do que admiração.

Como homem do seu tempo, Bacon transmitiu a ideia de que o ser humano, ao conquistar e fazer uso da sua própria liberdade, também liberta a besta que existe dentro de si. Pouca diferença faz dos animais irracionais, tanto na vida – ao levar a cabo as funções essenciais da existência como o sexo ou a defecação – como na solidão da morte; representando o homem como um pedaço de carne.
A sua obra esteve em exposição, em Serralves, em 2003.

Em Paris a 12 de Dezembro de 2007, a Sotheby’s leiloou a obra Mulher Sentada avaliada entre 7,5 e 10 milhões de euros.
O quadro é o retrato de uma mulher, Muriel Belcher (Fundadora do clube privado de bebida Colony Room em Londres) , quase enrolada numa cadeira partida, pertencente a um coleccionador norte-americano.

A obra Tríptico, datado de 1976, foi comprado em Maio de 2008 em Nova Iorque em leilão por cerca de 53 milhões de euros por um coleccionador privado.

Foi a mais cara pintura moderna do mundo.

Fonte Blogosférico Cultural
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