Esqueço o calendário.
Depressa.
Certeza de procurar uma resposta,
Qualquer uma.
Nada a ver com essa dor no peito.
Nada a ver com a constatação absoluta e intrínseca
dos meus defeitos com cheiro
de camomila e vinho.
Procuro o vidro com as anfetaminas.
Vontade de ir assim sem sim.
De verdade? não conheço o cara da minha identidade.
E você foge com seus delírios mal vestidos.
Com seus vestidos cor de nada.
Com suas flores de plástico
de garrafas pet.
Nada a ver com essa ânsia.
Nada ver com a discordância das notas
desse piano.
De onde veio a merda desse piano?
eu mastigo os seios dos meus medos.
Talvez assim, porque
Eu detesto olhar pra trás.
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Errado é quem diz
Que ando errando
Que fiz errado
Que o erro foi estar do lado
Quando o certo sempre foi o outro lado
...
Então é coisa de se dizer
Se é a coisa certa
Olhar o lado que aperta
A mão na mão na hora certa
...
É verdade sim meu bem
O tempo voa
É por isso sim meu bem
Que eu ando atôa
Pra ver se vou, pra ver se voa
Assim, enfim:
Na boa.
Lupeu Lacerda
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