Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Por Norma Hauer


DOIS VULTOS IMPORTANTES DE NOSSA MPB
A data de hoje marca a "partida" de dois vultos importantes presentes em nossa música popular.
De um falei recentemente porque ele faria aniversário de nascimento no dia 12 de maio. Em 2008 completou 95 anos; um mês depois, em 14 de junho, faleceu.

Seu nome José Bispo Clementino dos Santos, que ficou conhecido como JAMELÃO.
Diziam-no "puxador" do samba da Mangueira, durante os desfiles da Escola no carnaval. Ele não aceitava esse título, dizia que era intérprte, "puxador é ladrão de carro".

São dois anos de saudade.
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Outro falecido na data de hoje:JORGE FARAJ.
Foi no ano de 1963.
Co-autor de composições maravilhosas, letrista comparável a Orestes Barbosa, em versos bonitos dizia:
"Na rua uma poça dágua,
Espelho de minha mágoa,
Transporta o céu para o chão..." de "Deusa da Minha Rua",ou

"Louco de amor nos seus rastros,
"Vagalume atrás dos astros,
Atrás dela eu tomo o trem..." de "Professora" ou, ainda

"Leio e releio a chorar
Adeus, adeus e sem pensar,
Beijo e torno a beijar
A flor de seu último beijo"...de "Último Beijo"

Enfim, Jorge Faraj era um grande sonhador; a "Professora" que ele seguia (de verdade) soube que ele compusera versos para ela e quis conhecê-lo. Achou-o feio e o desprezou . De fato, ele não era nada bonito , sendo descendente de libaneses tinha aquela fisionomia típica de seus ancestrais, mas tinha uma alma bonita que só criava bonitos versos.

Quem criou tanto, ao falecer recebeu uma notinha em um canto de jornal, dizendo
"Foi enterrado no Cemitério de Irajá o compositor Jorge Faraj, autor de "Professora" e nada mais foi dito.
Assim se faz com muitos brasileiros. Gilberto Alves também teve uma notinha em canto de jornal ao falecer em 1992.
Ah, fossem estrangeiros

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