Pachelly,
Dê-me água para beber.
Minha alma ressecou ao tempo,
Com a evaporação foram-se:
A integridade do mergulho no batateira,
a visão detalhada, translúcida,
do jundiá miniatura de tubarão.
Os cabelos molhados das lavadeiras,
com o privilégio de amaciá-los,
até o dia em que igual eu faria,
da raiz até as pontas e no paraíso,
afinal estaria.
As sombras meditativas da mangueira,
ao pino das trezes horas no canavial,
um grupo de índios cariris,
a discutir a invasão da cidade e,
a tomada definitiva do Cine Moderno.
O entardecer sobre a chapada,
a lua cheia no canavial,
os cheiros do inverno,
a brisa fria das manhãs de julho.
Por isso mate a minha sede,
diga-me o nome popular,
desta árvore da segunda foto,
desta planta seminal da chapada,
com seus frutos redondos e avermelhados,
cujo tempo se torna uma penugem
que flutua no caleidoscópio,
limunoso da floresta.
José do Vale Feitosa
2 comentários:
Acode, Pachelly... Mata a sede desse rapaz !
Ele arrasou no poema. Merece águas transbordantes do Rio Salgado; nascentes da Chapada , caindo em bicas , jorrando sem parar , nas roças da sua vida.
Acudi sim! eh eh, mas reforço aqui que esta linda árvore, é o Visgueiro! Chuaaaaáaaaa...
Meu próximo poste, ele vai pedir uma boia, um bote, soltar um SOS... eh eh eh
Porque as águas vão rolar, rs rs rs
Abraços
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