Há poemas de amor, decerto
Há poemas de paixões, talvezTalvez não saiba fazê-los ao certo,
Por eles serem tão incertos, talvez
Talvez eu sofra de amores (decerto)
Talvez um deserto de amores sofri
O que sei é amo e sofro por certo
Uma justificativa terei
Amores não se explicam ao acerto
E se assim for amante não mais serei
Serei esse bárbaro que certo
Confunde o que é um amor eterno
Por uma fútil paixão na sintaxe do talvez.
Foto: Sanny
2 comentários:
Talvez eu já tenha amado
Decerto me apaixonei
explicar o amor vivido
Decerto não saberei
Amor eterno não tive
amor eterno terei ?
Se tem amor do outro lado
Decerto não saberei
Se fui amante algum dia
Talvez não saiba dizer
Se fui mulher muito amada
Decerto não saberei.
[ não sei
o passageiro eu tive
Há amores tão certos, decerto
Que transformam a vida, talvez
Há amores transversos, é certo
Mas incertos na hora e na vez.
Talvez minha vida se acerte
E espante minha timidez
Mesmo que a saudade aperte
Estarei nos teus sonhos, talvez.
Não preciso conter o deserto
Nem a sombra das horas, talvez
O que certo é tenho por perto
A fartura e a pequenês
A grandeza de um amor tão incerto
A incerteza do que você fez
O que sinto, o que quero por certo
É um eterno amor sem talvez.
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