Emagreci.
Os olhos fundos.
Perdi três jeans.
Um bermudão.
Pensaram que tinha tuberculose.
Que estava viciado no crack.
Mas era tão somente uma alma magra.
Os olhos perdidos lançados às paredes.
A caixa torácica aberta.
Ossos embotados levados pelo vento.
Emagreci mesmo.
Olhos de alma.
Andava pelo quarto segurando o pijama
admirando o dedão cadavérico.
Não tomei remédios.
Não chorei tanto.
Agora é outra tarde.
Só em pensar me fazes mal.
Quem disse que por ti preciso
apaixonar-me novamente?
Não existe metade que complete o vazio.
Passaste.
2 comentários:
Tua poesia, te fotografa , em cada dia...
Meu coração materno , se enternece...
Esse menino, precisa de uma sogra !
Mas não tenho ninfas, nem filhas, nem rosas... E as rimas são tão frágeis, tão pobres, tão tolas, sem noras !
Esse andarilhar sobre si, sobre o telhado - pensamento;
sobre o coração- deserto e pantanal, ao mesmo tempo...
Grita sem irritação, e diz desligadamente :
"Não existe metade que preencha o vazio ", que se fez no tempo.
A paixão quando volta, não passa telegrama.
Ela é invasora...
É lombra de vinho, querendo ser amor.
É doença também ... As vezes cura, as vezes mata as ilusões vindouras.
Mas, ela vai chegar... Com o apito de um trem, ou uma aragem , numa noite quente.
Deixe que ela lhe desmantele todo... É no caos que o coração descobre novas alegrias, e assobia uma canção de amor, novamente !
Abraços, meu amigo !
Abraço-te a alma
com lágrimas pelas faces...
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