Só sou gente
quando escrevo.
No exato
e improvável momento
em que escrevo.
Fora isso,
sou um verme
e ninguém tem culpa
dos meus sobressaltos
nem pai nem mãe nem filho
nem os meus fantasmas prediletos
pois desde criança
exultava-me
com as paredes
e as sombras do quarto
meu futuro encantado -
esse vazio revelador
tão vistoso e altivo.
4 comentários:
Domingos,
Estava entretida , buscando nas paredes dos meus escritos passados, um ponto novo.
Descobri que é tudo repetitivo : a paixão, noite e dia, saudade, solidão, esperas felizes.
Mas você não ! Você tem a poesia nova em todo instante da vida, dia e noite, noite e dia !
Sou tua fã. Mas isso não é nada novo.
E tu és minha Sacerdotisa.
Um carinhoso abraço.
Domingos,
E este corvo em tua cabeça de Egar Alan Poe? Não é na escrita que serias algo. É a escrita que só é o que é pois algo tens para além da contabilidade funcional dos dias desta ordem econômica.
José do Vale Pinheiro Feitosa,
tu és mágico e com mágicos
apenas nos curvamos.
Um forte abraço.
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