Mensagem falsa espalha boato sobre aproximação de Marte e Terra
Recebemos nos comentários de hoje uma comunicação esclarecedora da parte de Valmir M. de Morais . Achamos por bem esclarecer aos nossos amigos do Cariricaturas, sobre um fato que vem ocorrendo repetidamente no mês de agosto, em anos seguidos. Este assunto vem sendo veiculado (anos a fio) distorcendo a realidade.
Agora, de fonte fidedigna seguem os esclarecimentos necessários para que não passemos mais a dar atenção a esta informação que não procede. O assunto é o caso das duas luas que deveriam supostamente aparecer dia 27 de agosto em nossos céus noturnos.
Leiam e informem-se:
Caras Claude Bloc e Socorro Moreira
A informação é falsa!
Esse boato disseminado mundialmente na net desde 2003, é comumente repassado à medida que o mês de agosto se aproxima.
Para vocês terem uma idéia sobre quão falsas são essas informações:
a) O tal "Planetário Internacional de Vancouver" não existe;
b) Marte, no dia 27, não "será a estrela mais brilhante do céu". O planeta, na verdade, só se distinguirá das demais estrelas unicamente por sua cor avermelhada. Esse "título" caberá ao planeta Vênus, que, na noite, estará 100,02 vezes mais brilhante que o planeta vermelho;
c) Marte, no dia 27 de agosto, estará 4 vezes mais distante de nós que o divulgado no boato (55,75 milhões),ou seja, estará a cerca de 243 milhões de quilômetros da Terra;
d) Marte e Lua, no dia 27, nem estarão visíveis no mesmo céu.
e) Verifiquei (utilizando software astronômico apropriado) que no ano 2287 o planeta Marte estará mesmo a uma de suas menores distâncias de nós (55,71 milhões de quilômetros da Terra), mesmo assim ainda não será visível do tamanho da Lua e nem será o astro mais brilhante do céu. Marte terá um tamanho aparente 73,15 vezes menor que o da nossa Lua e seu brilho será novamente inferior ao do planeta Vênus.
Enfim, não esperem ver "duas Luas" no céu na noite do dia 27 de agosto.
Nunca (e eu nem gosto desta palavra) Marte será visível, da Terra, do tamanho da nossa Lua. Como dito acima, tudo não passa de um boato lançado na net.
Grande abraço e felicidades,
Valmir Martins de Morais
Estação Astronômica PieGise
Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil
http://astropiegise-ultimasobservacoes.blogspot.com/
Mensagem falsa...
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FELIPE MAIA
da Folha Online
Não espere ver "duas Luas" no céu na noite desta quarta-feira (27). Ao contrário do que prega um e-mail falso que circula na internet, Marte estará bem longe da Terra e não vai rivalizar com o satélite pela supremacia do brilho no céu.
O boato pela rede é tão intenso que afetou o índice das notícias mais lidas da Folha Online, colocando uma notícia de 2003 na lista. De acordo com a mensagem, que circula em vários idiomas, Marte "parecerá tão grande quanto a Lua cheia". O e-mail afirma ainda que o planeta estará a cerca de 55,76 milhões de km da Terra.
Reuters
Marte está a 360 milhões de km da Terra, mas boato na internet diz que são 55,76 milhões de km e prega visão de "duas Luas" no céu
"É uma notícia falsa e requentada. Na verdade, Marte está agora se afastando da Terra", afirma Roberto Boczko, professor doutor de astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo).
Na realidade, o planeta vermelho está hoje a cerca de 360 milhões de km. A mais recente grande aproximação entre os dois planetas ocorreu no dia 24 de dezembro de 2007 --88 milhões de km. E a próxima está marcada para 27 de janeiro de 2010, quando a distância será de cerca de 100 milhões de km.
Em agosto de 2003, a distância entre Marte e Terra chegou a 55,7 milhões de km, oferecendo uma oportunidade única de observação. Foi a maior aproximação em praticamente 60 mil anos --recorde que vai se manter até 28 de agosto de 2287.
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Na avaliação de Boczko, o fenômeno "não tem grande importância do ponto de vista da astronomia". "Todo ano Marte se aproxima bastante. Em 2003, foi mais do que de costume. Mas é algo corriqueiro".
Mesmo com essas distâncias, diz o professor, é impossível que os habitantes vejam duas Luas. "Marte nunca chega a ter um brilho que rivalize com a Lua", diz. Ele explica que, geralmente, o Planeta Vermelho tem um brilho menor que a maior parte das estrelas no céu. Quando há grandes aproximações, essa luminosidade é equivalente, no máximo, à de grandes estrelas.
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FELIPE MAIA
da Folha Online
Não espere ver "duas Luas" no céu na noite desta quarta-feira (27). Ao contrário do que prega um e-mail falso que circula na internet, Marte estará bem longe da Terra e não vai rivalizar com o satélite pela supremacia do brilho no céu.
O boato pela rede é tão intenso que afetou o índice das notícias mais lidas da Folha Online, colocando uma notícia de 2003 na lista. De acordo com a mensagem, que circula em vários idiomas, Marte "parecerá tão grande quanto a Lua cheia". O e-mail afirma ainda que o planeta estará a cerca de 55,76 milhões de km da Terra.
Reuters
Marte está a 360 milhões de km da Terra, mas boato na internet diz que são 55,76 milhões de km e prega visão de "duas Luas" no céu
"É uma notícia falsa e requentada. Na verdade, Marte está agora se afastando da Terra", afirma Roberto Boczko, professor doutor de astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo).
Na realidade, o planeta vermelho está hoje a cerca de 360 milhões de km. A mais recente grande aproximação entre os dois planetas ocorreu no dia 24 de dezembro de 2007 --88 milhões de km. E a próxima está marcada para 27 de janeiro de 2010, quando a distância será de cerca de 100 milhões de km.
Em agosto de 2003, a distância entre Marte e Terra chegou a 55,7 milhões de km, oferecendo uma oportunidade única de observação. Foi a maior aproximação em praticamente 60 mil anos --recorde que vai se manter até 28 de agosto de 2287.
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Na avaliação de Boczko, o fenômeno "não tem grande importância do ponto de vista da astronomia". "Todo ano Marte se aproxima bastante. Em 2003, foi mais do que de costume. Mas é algo corriqueiro".
Mesmo com essas distâncias, diz o professor, é impossível que os habitantes vejam duas Luas. "Marte nunca chega a ter um brilho que rivalize com a Lua", diz. Ele explica que, geralmente, o Planeta Vermelho tem um brilho menor que a maior parte das estrelas no céu. Quando há grandes aproximações, essa luminosidade é equivalente, no máximo, à de grandes estrelas.
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