Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 22 de agosto de 2009

Juscelino Kubitschek - Por Joaquim Pinheiro

Texto postado recentemente pela amiga Socorro Moreira fez aflorar da memória episódio com JK e me encorajou contá-lo no Cariricaturas. Em 1975, trabalhava no protocolo da Gerência de Mercado de Capitais do Banco Central em Brasília quando avistei, na fila de atendimento, o Dr. Juscelino, acompanhado por dois assessores. Na sua frente, umas 4 ou 5 pessoas, todas Office boys ou contínuos de instituições financeiras. Deixei meu birô e me dirigi até o ex-presidente, convidei-o a entrar e me ofereci para atendê-lo de imediato. Educadamente, recusou furar a fila, mesmos com os que estavam à sua frente insistindo em lhe ceder a vez.
Enquanto a fila andava, ficamos conversando. Perguntou de onde eu era, há quanto tempo estava em Brasília, e outras perguntas do gênero. Comentou que lembrava do Crato, do aeroporto em cima da Serra do Araripe, do comício de 1955, da beleza do Vale do Cariri, etc. Contei-lhe que meu pai, eleitor de carteirinha da UDN, votou uma única vez no PSD e em JK, exatamente por conta deste comício.
Comentei que Papai há muito procurava um LP que tivesse a música Peixe Vivo, tocada quando o então candidato chegava ao palanque. Juscelino perguntou o nome do papai, o que ele fazia e se ainda morava no Crato. Chegou sua vez, foi atendido (era apenas a entrega de um projeto), se despediu apertando a mão de todos os presentes e se retirou.
Poucos dias depois, recebi um telefonema de uma Sra. Se identificando como secretária do DENASA e me convidando a ir até lá. Como ficava há menos de 100m do meu local de trabalho, fui na mesma manhã. A Secretária me recebeu de forma muito simpática e pediu para aguardar um pouco, pois o “Presidente” queria falar comigo. Menos de 15 minutos depois, entrava na Sala principal da Instituição e recebia um LP autografado por ele e dedicado a meu pai. O disco hoje está comigo. Mando o oferecimento para vocês verem.



Joaquim Pinheiro

5 comentários:

Edilma disse...

Joaquim Pinheiro,

Materia como esta faz a diferença do Cariricaturas.
Obrigada por este valioso presente.


Parabéns

Com admiração

Edilma Rocha

socorro moreira disse...

Vc sempre nos traz o inusitado.
Éramos colegas no primário, quando ele foi Presidente.Sabe o que mais incomodava-me ? Costumava cair , nas provas de História ,o nome do presidente do Brasil, e eu achava difícil de decorar a escrita.Mas aprendemos , antes de entender direito, quem era aquel homem.

Um abraço, menino.

SAabe um texto que me interessa , mas não consegui o relato ?
"Por que Jânio renunciou".
Ele fez aniversário de morte , nesses dias.

Claude Bloc disse...

Joaquim,

São sempre bem-vindas as novidades que você nos traz.

Elas nos chegam de mansinho em suas asas de anjo. Aquelas que costumamos ouvir por aí quando a saudade bate.

Como diz Edilma: um valioso presente para todos do Cariricaturas.

Obrigada e um abraço,

Claude

socorro moreira disse...

Joaquim,
Um texto tão pequeno, e tocante. Meu pai tbém era udenista de carteirinha.
Lembra da campanha para eleger Dr. Humberto macário ?
Ele desenhava um pavão , em cada camiseta do eleitor.
Tbém , nas eleições de Jânio para Presidente. Haja broches das vassourinhas.
Fui muito mais política na infância. O sangue fervia !

socorro moreira disse...

Quisera ter conhecido o Juscelino , assim, pessoalmente.
Minha ex sogra, de Diamantina, era um dos seus pares constantes , nos bailes . Diazia-me que ele era um pé de valsa !