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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Paulo Gracindo - O Bem Amado

Paulo Gracindo como Odorico Paraguassu- novela "O Bem Amado".( 1980)

As irmãs Cajazeiras -( a mais alta) Ida Gomes era a Dorotéia ,Dorinha Durval e Dirce Migliaccio


Iara Costês, no papel de Carolina , novela "O Casarão"( 1976) , par romântico de João Maciel (Paulo Gracindo)


Em 1980 eu morava em Macaé-RJ, quando cenas da novela O Bem Amado estavam sendo rodadas naquela cidade. A gente considerava um bom programa assistir às filmagens.

Em 1995, de passagem por Friburgo-RJ , passei a noite num velório de um grande amigo. Perto de mim, uma senhora tranquila, e muito simpática. Conversamos sobre o corriqueiro( ela apresentou-se como sogra do meu amigo). Intrigada com uma tal impressão, em determinado momento , perguntei-lhe : a gente se conhece de algum lugar ? Acho a sua cara tão familiar , mas não a localizo. Ela sorriu bem natural, e respondeu. Não foi na novela o Bem Amado ? Eu sou Ida Gomes, uma das irmãs Cajazeiras. Naquela noite conversamos por muitas horas seguidas,como duas pessoas comuns ( ela sem nenhum estrelismo), muito mais humana do que eu conseguia ser, irmanadas no mesmo sentimento da perda de uma pessoa querida.

Quem não acompanhou o trabalho do grande ator Paulo Gracindo ?

Comecei a apaixonar-me por ele , na novela "O casarão", que ele fazia par romântico com a Iara Cortês. Inesquecível. O amor do passado , que se reencontrava muitos anos depois... Emocionam-me os reencontros. Alguns são felizes , porque se antecipam na terra, sem esperar uma sonhada eternidade, noutros planos.

Socorro Moreira

"É bem verdade que Odorico Paraguassu é um personagem que ninguém esquece, mas por mais popular que seja, o político não pode se dar ao luxo de virar gíria como as irmãs Cajazeiras, mais castas mulheres da cidade de Sucupira, cenário da novela e da série “O Bem Amado”, que foi ao ar em 1973 e em 1980, respectivamente. Agora, 36 anos depois de aparecerem pela primeira vez na TV, as personagens voltaram à vida na versão para o cinema da história escrita por Dias Gomes (1992-1999).
No papel da mais velha, Dorotéia, vivida originalmente por
Ida Gomes, está Zezé Polessa. Para interpretar Dulcinéia, eternizada por Dorinha Duval, foi escalada Andréa Beltrão. Já a caçula e afoita Jucinéia coube à Drica Moraes. “O seriado fez parte da minha infância, eu era fã”, lembra Drica. “Minha personagem era vivida pela extraordinária Dirce Miggliaccio, mas não tenho medo de ser comparada. Ao contrário de outros personagens, as Cajazeiras são conhecidas pelo conjunto. Acho que outros atores sofrerão comparações mais imediatas.”
A afirmação tem fundo de verdade. Afinal, a imagem de
Paulo Gracindo como Odorico Paraguassu, ou a de Emiliano Queiroz como Dirceu Borboleta está marcada a ferro no imaginário popular. No filme de Guel Arraes, responsável por sucessos como “O Auto da Compadecida” (2000), os papéis ficaram com Marco Nanini e Matheus Nachtergaele.
No entanto, ao contrário do político corrupto e de seu assessor puxa-saco, as irmãs sofreram modificações em seus perfis. “O enfoque é diferente da série. Naquela época era tudo era muito focado na repressão sexual, a mulher ainda não era tão emancipada. Elas eram cheias de faniquitos e rubores”, afirma Drica. “Para mim, elas vêm de uma alta sociedade decadente.”
Para tentar recuperar o status na elite sucupirense, elas tentarão de tudo um pouco. “Minha personagem, por exemplo, quer ser primeira-dama, tem interesse no poder”, diz Zezé. “Na verdade, todas elas querem Odorico.”
O interesse é tamanho que Drica até levantou uma tese para as irmãs: “Brinco que a mais velha não fica com homem de jeito nenhum. A do meio só ficaria com o Odorico e a minha pega qualquer um. É uma devassa”, diverte-se. Zezé concorda em partes: “Acho que Dorotéia só quer Odorico pelo poder. Tanto que usa a castidade como trunfo e, mesmo quando leva beliscadinhas no bumbum, diz ao prefeito: ‘do altar não abro mão!’.” Já Andréa define Dulcinéia numa frase: “Ela é extremamente romântica.”
As filmagens começaram em janeiro, em Marechal Deodoro, no interior de Alagoas. “A cidade parava para ver a gente”, conta Drica, que já trabalhou com Andrea e Zezé. “Foi um encontro gostoso.” Dá até para imaginar as três fazendo fofoca sobre o povo de Sucupira, não?

*A novela "O bem amado", de Dias Gomes, foi ao ar em 1973 e deu a Paulo Gracindo a chance de se imortalizar com o personagem Odorico Paraguaçu.
Prefeito da cidade baiana de Sucupira, o alcaide tinha como uma de suas metas a construção de um cemitério no município. E, para isso, não se furtava a armar tramas para que alguém morresse, sempre malsucedidas.

*Em "O casarão", o personagem de Paulo Gracindo, João Maciel, vive uma inusitada história de amor com Carolina, interpretada por Yara Côrtes.
A novela de Lauro Cesar Muniz, que foi ao ar em 1976, se passa em três épocas diferentes. A trama é sobre a saga de uma família proprietária da Fazenda Água Santa, em São Paulo.


Paulo Gracindo só entra na última fase da novela, que se passa em 1976. "

Globo.com

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